26 de ago. de 2013

Diálogos pop rock

- I'm still standing where you left me. Are you still growing wild?
- I guess that I forgot I had a choice.
- You trade your passion for glory. Don't lose your grip on the dreams of the past.
- I'm crying here, what have you done? I thought it would be fun.
- I'm lying here on the floor where you left me. I think I took too much.
- Scared to rock the boat and make a mess.
- Went the distance, now I'm back on my feet.
- I stood for nothing, so I fell for everything.
- Get ready cause I’ve had enough. I see it all, I see it now. I got the eye of the tiger.
- I'm cold and I am shamed, lying naked on the floor.
- I'm all out of faith, this is how I feel.

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24 de ago. de 2013

Toutes Nos Envies

- Está gelada!
- Sim.
- Você está tremendo.
- Mas estou gostando. Bom como o mar, não?
- Ah, sim

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- Por que não tem um site, talvez?
- Sim, é uma idiotice. A venda dos jornais impressos caiu em 30%.
- Estão competindo contra vocês mesmos.
- Não, os grandes portais é que estão nos machucando.
- Estão nos destruindo.
- Quem quer café?

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- Por que não veio hoje?
- Tive um dia insano.
- O meu pareceu longo.

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23 de ago. de 2013

Recortes da semana

Você é uma cidade?
"(...) Você poderá voltar às mesmas ruas muitas vezes, deve fazê-lo na verdade, mas nenhum outro momento terá a surpresa daqueles instantes iniciais, quando os nossos olhos são puros e o nosso coração é virgem outra vez. Pode-se amar uma cidade a vida inteira, mas é impossível descobri-la duas vezes.

(...) temos de ser descobertos, nomeados e mapeados. É pelo olhar amoroso do outro que nos revelamos. É no olhar do outro que nos re-conhecemos. Como uma cidade. Um país. Um mundo que o outro queira habitar – e transformar em sua casa
."

Lost in Translation: Molly Ringwald, a garota de rosa-shocking relembra época em Paris
"(...) Vendi minha casa, guardei meus móveis num depósito e coloquei o que restou em sete malas. Ao desembarcar na capital francesa, aluguei um estúdio na Rue de Montpensier, que contorna o Palais Royal – Didier Ludot, o rei do vintage na cidade, acabara de inaugurar seu brechó logo abaixo do meu apartamento. Não demorou muito para que me apaixonasse – primeiro por Paris; depois por Henri.

(...) Fiz minha família cruzar as pontes do Sena inúmeras vezes, enquanto recuperava memórias. 'Por que estamos aqui?', minha filha perguntou quando caminhávamos pela Pont Marie. 'Porque', lhe disse, 'foi aqui que a mamãe cresceu
'."

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         Dos momentos mais lindos que já vivi em Paris

22 de ago. de 2013

Fui ao Orkut e resgatei um testimonial

"Lucasof é um menino-homem travestido de ditador mexicano que, apesar de toda a sua experiência e maturidade, persiste em esconder seus medos e sua fragilidade por trás de lindos olhos azuis. É tão genial que consegue construir uma imagem de 'cara insuportável', mas logo se contradiz, quando deixa seu lado moleque-palhaço a solta. Filosofa e chora e canta e ri e abraça e pede colo. No fim, sempre tira de mim uma expressão de 'ooooown, que fofo!', que eu odeio. Passou de chefe a conselheiro e ganhou um status incrível no meu coração.

Só posso dizer que hoje, 1 ano e meio depois de ter te conhecido, sorrio ao lembrar de cada conversa, cada bronca, cada piada, cada Skittles... E carrego por todos os cantos daquele prédio na marginal, as tuas últimas palavras, no meu dia de despedida da Rua Amauri. Você, Lucasof, é foda!"

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Obrigado, Alininha! =)
Direto "daquele prédio na marginal", o qual dividimos por pouco tempo, infelizmente. 

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"(...) Lo importante no es entrar
en todas la casas, sino no estar
totalmente afuera de ellas (...)"

21 de ago. de 2013

The Sessions

- So with her gentle fearless heart, she took me in. I thrived in her garden and wanted more. There was no escaping it. A door had opened which I could not close, and in invisible writing it said: "Do not enter".

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- Why you call it a dick instead of penis?
- Penis sounds like some vegetable you don't want to eat. Dick sounds like what it is.

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- But why go to Germany? It's the only place in the world where humor is forbidden.
- You could always make me laugh. I love you, Mark. I really do.

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- What happens when...
- What happens when what?
- When people become attached to each other.
- What people?
- Just people. What's the chemistry of it all? When people are attracted to each other.
- Are you attracted to me?
- Oh, no. We're just talking hypothetically.
- Hypothetically, they write poems, they have sex.
- And what happens next?
- After poetry and sex? Nothing or everything. The rest is by negotiation, as it were.
- What do you mean?
- I mean, you can just leave it at love and attraction, or you can make things complicated, as most people do.
- Have you?
- Oh, yes.

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- No, no. Please make the little speech. I'd love to hear it.
- Ok, fine. Here it goes. The meaning of love. Love is a journey.
- I like it already .
- That's it. That's all of I've got. I told you it's short. Love is a journey.

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19 de ago. de 2013

Inferno, canto XXXIV


Fôlego renovado e prenúncio de alegria para a próxima parte da jornada.
 
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Obrigado, Marcelo. =)

14 de ago. de 2013

Minha garganta pede um pouco d'água e os meus olhos pedem teu olhar

Nunca gostei de performances artísticas. A última que me abocanhou, à força, foi durante um passeio na Tate Modern. Adoro o lugar, embora não entenda metade do que está ali contido, mas não queria ter vivido a experiência de ser envolvido por dezenas de pessoas correndo, ávidas para confessar algo ao primeiro estranho passante. Eu. Ouvi o relato de um rapaz dizendo ficar constrangido por saber que seus pais, 81 e 83 anos, ainda faziam sexo. Obrigado. De nada. *sai correndo pela rampa*

Nos tempos em que achei que deveria entender sobre artes - ah, a juventude -, conheci, em texto e imagem, Marina Abramović. Li sobre sua performance com o então companheiro de relacionamento amoroso e peripécias, Ulay, na qual ela se inclinava para um lado segurando um arco e ele se inclinava para o lado oposto, segurando uma flecha tensionada no arco e apontada para Marina. Medo, desafio, confiança. Parecia válido e cabível até levar uma flechada, caso algo não corresse como esperado ou alguma rusga viesse à tona, vá saber. Seria arte, imaginei.

Li sobre a caminhada dos dois na Muralha da China. Passaram oito anos negociando permissões e estudando-a "como uma estrutura metafísica, uma réplica da Via Láctea na terra". Iriam sair de lados opostos e encontrar-se no meio, onde casariam. Quando estavam com tudo pronto, no entanto, o romance entre os dois havia esmorecido. Iniciaram sua andança. Ele partiu do deserto, o lado masculino, ela, do mar, o lado feminino. Essa foi a última performance deles como uma dupla.

"Each of us walked two and half thousand kilometers to meet in the middle and depart from each other, and continue working as a single artist. It was very dramatic and a very painful ending". Achei oportunista.

Agora, neste 2013, circula nas redes sociais on-line um vídeo de Marina reencontrando Ulay, 25 anos depois, em uma nova performance solo no MoMA, que recebia uma retrospectiva de sua carreira. Assisti repetidas vezes, a cada nova postagem em minha timeline, cada hora com um comentário, cada hora despertando um sentimento em algum amigo ou (des)conhecido. Uns sabendo quem eram os dois, outros apenas falando sobre o amor entre duas pessoas que se viam após tanto tempo separadas.

Ele ajeita as calças ao sentar, pés com All Star de cano alto. Ela levanta o rosto, tenta segurar uma cara de surpresa ao ver quem está ali (ainda que soubesse, tanto faz). Ele sacode os ombros, suspira. Ela chora e soluça, quebra a imobilidade prevista na peça e inclina-se, mãos percorrendo a madeira da mesa em direção a Ulay. Ele sorri, com certo alívio. Encontra as mão dela e diz algo que nunca tentei decifrar. Os espectadores aplaudem. Ele sai, ela limpa o rosto.

"O amor acaba. Numa esquina, por exemplo". O amor termina ao descer de um carro, numa performance qualquer. E seu eco é ouvido num museu décadas depois.

Os ultramodernos, os maestros do líquido, agora dizem que "estão" popularizando demais a arte de Marina, tão admirada por Lady Gaga (rememoremos o porquê do pseudônimo da cantora). Que a estão banalizando; "orkutizando" é o termo. Bom mesmo são velharias - ou novidades ininteligíveis - trancadas em grandes construções, ao alcance de poucos. Esquartejamos Danuza Leão quando disse algo similar sobre pessoas de todas as classes sociais poderem ir ao exterior.

Pois que a banalizem, que falem dela até a exaustão, que repercutam o vídeo. Que todos possam ter seus quinze minutos de performance. De releitura do vento, de se pintar com açúcar e se lamber. Que todo mundo possa amar de um jeito exibicionista, terminar em espetáculo e reaparecer feito ectoplasma no museu. Até quando? Até querermos de novo. Mais.

Queria eu ter percorrido toda a Muralha da China para desfazer-me aos poucos da bagagem, guardar a memorabilia e limpar o cômodo pelo caminho.

Que a gente não faça do amor uma arte metida a besta e trancada num museu. Orkutizemos, por que não? Conhecer coisas não nos faz melhor que ninguém. Ter com quem dividir uma interpretação e conversar talvez nos engrandeça. Ter para quem mostrar, de quem receber um direcionamento para o olhar.

"Ignition sequence start", digo, para mim mesmo, imitando em minha cabeça o forte sotaque sérvio de Marina.

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12 de ago. de 2013

Help!, dos Beatles


1. But every now and then I feel so insecure, I know that I just need you like I've never done before.

2. Last night is the night I will remember you by, when I think of things we did, it makes me wanna cry. We said our goodbyes.

3. Here I stand head in hand, turn my face to the wall. If she's gone I can't go on, feeling two foot small.

4. Oh yes, you told me, you don't want my lovin' anymore.

5. For I have got another girl. You're making me say that I've got nobody but you, but as from today, well, I've got somebody that's new.

6. You're gonna lose that girl. If you don't treat her right, my friend, you're gonna find her gone.

7. The girl that's driving me mad is going away, yeah. She said that living with me was bringing her down, yeah. She would never be free when I was around.

8. We'll make a film about a man that's sad and lonely, and all I gotta do is act naturally.

9. It's only love and that is all, why should I feel the way I do?

10. 'Cause you like me too much and I like you.

11. If you let me take your heart I will prove to you, we will never be apart if I'm part of you. Open up your eyes now, tell me what you see. It is no surprise now, what you see is me.

12. I've just seen a face, I can't forget the time or place where we just met, she's just the girl for me and I want all the world to see we've met.

13. Yesterday love was such an easy game to play, now I need a place to hide away.

14. Come on, Miss Lizzy, love me before I grow too old.

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     Amor à flor da pele - Fa yeung nin wa

8 de ago. de 2013

BRAVO!

"Há despedidas que não encontram tradução. O que falar diante de um amigo que se muda para bem longe, um amor que morre, um projeto querido que se interrompe? Às vezes, o melhor - o mais preciso e eloquente - é dar adeus em silêncio."

Armando Antenore

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7 de ago. de 2013

Breve tempo verbal

- Nunca vi esse filme.
- Vê comigo.
- Esse seu jeito de falar... Prometo vê-lo com você.
- Que jeito?
- Conciso e imperativo, sem ser incisivo.

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6 de ago. de 2013

Caleidoscópio

A aproximação foi via amigos em comum na faculdade, mas não consigo recordar se houve um momento específico depois do qual estreitamos ou se foi uma evolução natural da espécie.

Um ano após a formatura, em 2007, falei sobre você. Era um testemunho no Orkut - bons tempos - no qual grifava aspectos divertidos. A síntese era uma menina que habitava um mundo "Rock & Roll hype vintage hypercool", seja lá o que isso signifique, e me ensinava que "amizade não é sufoco e silêncios podem ser cúmplices, não constrangedores". Já era linda aos meus olhos e ao meu coração. Amiga lá de longe, da beira da capital, e nas caronas de ida e vinda sempre aproveitei para dividir pedaços de mim. Talvez você seja a primeira-dama do Cibié.

Agora você mora perto, posso ir andando. E como fujo para sua casa! Com paredes de chita colorida e quadros de viagem, cinema e rock. E, sim, com um terracinho todo seu. Gosto de saber que sou parte disso. Gosto de poder achar que estou cochilando escondido enquanto vemos filmes, e que você vela essa soneca porque sabe que, nesse momento, é o que preciso além do seu abraço. Em troca, aceito dividir a pipoca no cinema.

Quando não trabalhávamos juntos, ia de São Bernardo até a Casa das Rosas para passar tardes com você e Lemp, comendo cocada e falando besteiras.

Viajamos. Desde o planejamento de longas viagens, tentando encaixar 153 lugares e afazeres em 30 dias de férias, até fugas rápidas para a praia ou indo aos shows de bandas de nossa adolescência.

Você me leva ao estádio para os jogos do Corinthians, ao samba, dança minhas músicas, cantamos juntos caminhando pelo bairro. “Quando piso em folhas secas”. "We came to far to give up who we are". "Ela tá dançando e o pimpolho tá de olho". Elogia a bricolagem, embora nem sempre confie de primeira nos meus feitos. Diz que sou forte quando carrego coisas pesadas, me faz dançar forró e diz que dancei direitinho. Não pelo peso ou pela força, pelos passos corretos ou pelo ritmo, mas pela graça.

Sabe meus maduros e meus podres. E dá broncas! Você me desarma. Faz com que eu entenda a vida, meus pais, meus amigos, meu irmão. Meus irmãos, talvez. E quão importante é entender algo antes de alguns sentimentos.

Não sei mais imaginar um dia sem pensar que você será parte dele. Se não imediatamente ao lado, nas mensagens, nas ligações, nas ideias. Tenho a sensação de sermos infinitos. Todavia, caso o mundo físico se altere, você vai continuar para sempre a fazer parte da minha existência, disso estou certo. Em meus pensamentos, em minha pele, em minhas palavras e em meu coração.

Você é um terremoto que bota tudo no lugar e me dá fôlego. Você me salva dia após dia durante tempestades e engrandece meu sorriso quando não estou envolto em besteiras.

Obrigado. Te amo.


     Desde 2003, a gente só fez foi ficar cada vez mais lindo. =)

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2 de ago. de 2013

Nada ficou no lugar

Eu estava com medo de ter falado demais. Eu estou aprendendo a lidar com a imensa exposição gerada pela honestidade. Com toda a insegurança. Eu estou reaprendendo a caminhar. Eu tinha saudade da sua voz.

A reposta veio em forma de canção na manhã de uma noite muito cansada.

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"(...) Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria (...)"