29 de dez. de 2005

Retrospectiva Água de Tomate 2005

Impostem a voz que narra as coisas dentro da cabeça, façam com que ela imite a do Cid Moreira e lá vamos nós para a Retrospectiva Água de Tomate 2005:

Como eu disse no comentário que deixei no blog da Fe Fontes, a minha Lady in Red, este ano me valeu como dois. Em cujas metades descobri um rumo, um Lucas, uma vida, um sem fim de vontades e quereres; para me ver, como sempre, perdido numa imensidão. Mas, dessa vez, sinceramente feliz ao cabo de tudo!

Sentimental eu sou...
No começo o clima era de “eu vi a escuridão, eu vi o que não quis; Amei mais do que pude, eu fiquei cego de paixão”. Negligenciei faculdade, família, amigos, alma, para atirar-me no delicioso abismo da paixão doentia e mal ou não correspondida. Agora eu vejo “o amor evaporando pelos céus da Guanabara” e abraço feliz a lembrança de mais um arranhão neste coração que finge ser de pedra e só faz é trocar os pés pelas mãos e pelos nãos. Mas ele ainda palpita e precisa ser desfibrilado!

Fuga
Teve outra ida ao México, país que me surpreendeu e arrebatou, tomou meu coração logo de cara. Sou um mimado de marca maior e já rodei até que bastante por aí, mas o México conseguiu iluminar uma parte de mim como nenhum outro lugar e voltar para lá, aproveitando ao máximo (e matando aulas com autorização de pai e mãe) foi incrível.

Darwin
Foi, sem dúvida, o ano da Seleção Natural de Amigos. As coisas mudaram de uma maneira que eu não entendi muito; mas passada a peneira sobraram pessoas muito queridas e importantes, sem contar os de sempre: Quatro Cavaleiros do Apocalipse Sorocabano, os Magnatas da História e afins.

Quase gente grande
Em 2005 a energia eólica foi derrotada pelo minhocão. No cair da ficha que eu estou no último suspiro da faculdade (ligeiro medo e apreensão), meu grupo de TCC (Mc Fountains, Lemp e Yaya) me convenceu a deixar de lado e energia eólica e embarcar no impacto social do Minhocão. Ok, embarquei muitíssimo feliz tendo a fenomenal professora chilena Verônica Aravena como orientadora.

Lere lere lererererere
Consegui o tão almejado “trabalho de todo dia”, com mesa, telefone e tudo mais! Foi sob indicação do Lemp em conluio com Mc Fountains que eu entrei no iG e, entre erros e acertos, broncas e elogios, salário baixo e altos jabás eu tenho me realizado bastante profissionalmente. Cercado por nove mulheres (três chefes) em uma bancada cor de laranja.

Overdose
E sim, sim. Estudo com o Lemp e a Fe, faço TCC com os dois e trabalhamos no mesmo lugar. Já firmamos o PNAPMSC (Pacto de Não Agressão Para os Momentos de Saco Cheio). Até onde sei não houve nenhum por ora, embora Lemp odeie momentos de silêncio.

Home, where my thought's escaping...
Mudei do Adendo da Capital, o apartamento de SãoBe (do qual já falei aqui), com um ligeiro aperto no coração para tomar posse do auge do meu mimo: meu loft, minha primeira “casa própria do Baú”. É pequeno, mas a coisa mais charmosa que há. Decorado com restolhos de mobília, mais a minha maneira impossível. É o QG dos meus amigos, o que muito me alegra. Fui o primeiro e único morador do prédio por três meses. Sou um sub-sindico atuante! E das grandes e iluminadas janelas posso ver algumas árvores e o sugestivo prédio da Abril.

Revo Styller
Meu cabelo foi um capítulo a parte. Cresceu, virou um ninho, alisei, ficou uma merda, tosei, cresceu de novo e agora assumi minha verve sarará com mucho gusto. Cheio de cachos.

Família eh, família ah
Aparei arestas no relacionamento com minha mãe, que vai de vento em popa, posterguei (para variar) algumas lavagens de roupa suja com meu pai (mas como crescemos em nosso relacionamento!), alfinetei-o a torto e a direito e titubeei com meu irmão para, em uma sincera conversa a dois no último fim de semana, esclarecer tudo e retomar nossa normalidade de irmãos que se amam mais que tudo e vivem grudadinhos.

Copiado na cara dura que me é peculiar do blog da Mc, um bate-bola, jogo rápido com Marília Gabriela:

Palavra: Mudar/Medo
Música: Old Habits Die Hard (Mick Jagger), Love Genaration (Bob Sinclair), Mahler (que nomeia meu prédio), Same Old Me (Andrew Strong)
Livro: Quase Tudo (Danuza Leão), O Vôo da Madrugada (Sérgio Sant´Anna)
Show: Esse ano rendeu! Mas acho que Pearl Jam leva...“Oh with you I could never be alone”
Restaurante: Lanchonete da Cidade, Pop´s, Anquier, Crepon (obrigado, Ga). Sempre um pit-stop para comidinhas!
Viagem: México! E que venham as próximas...
Filme: Putz...Entre tantos, fico com rever Mel Brooks, como sempre. E “Um Filme Falado” é que não foi! Uurrgh!
Banda Nacional: Besouro Verde (a do irmão, né!)
Álbum: Novo dos Stones, óbvio (Valeu, Pablo)
Um lugar: Tulha (QG do TCC e das fofocas do iG), casa da mãe, minha casa.
(Re)Descobri: Algum Lucas. Um Lucas. O auto-proclamado Lucasof, que no singelo apelido abraça, enfim, heranças paternas e maternas para criar um “eu”. E Cesária Évora!
Uma loja: O Camiseiro, para viver. V-Rom (Cavaleira), para torrar.
O que mais valeu a pena: Tudo, sempre. Porque a alma, quero crer, não é pequena e “je ne regrette rien”.
Um momento: quando o RH do iG ligou falando que eu estava empregado. Um marco.
Planos para 2006: Parar de comer unha, entrar na academia e ser plenamente feliz em um namoror. Baboseeeeira, baboseira.
Uma frase: “Give me the beat boys and free my soul, I want to get lost in your rock and roll and drift away…”
O ano acaba assim: "Let it rain as I walk these streets unknown..."

Abraaaaço e feliz ano que vem para todo mundo!

"Maquinando"...

São 3h45 e, depois de ler mais um trecho do livro novo da Danuza, estou melancolíssimo escrevendo minha Restrospectiva 2005.

Espero que fique pronta pra amanhã.

...como diria o filho de Savater.

15 de dez. de 2005

Downing of the Age of Aquarius

Antes da retrospectiva águadetomate, nada como as previsões dos astros para Aquário no ano de 2006:

“Em 2006 todos os pactos precisam ser refeitos. Com Netuno no seu signo e Saturno no signo de Leão você terá a sensação que perdeu a autonomia e que todos os seus passos estão sendo determinados pelas necessidades dos seus parceiros. Se encarar essa questão com honestidade vai perceber que as escolhas sempre foram suas e que os outros só funcionaram como um espelho para as suas inseguranças. Mas se os relacionamentos vão ser complicados, a vida profissional vai ficar cada vez melhor. Sua presença vai passar uma firmeza maior do que você realmente tem, mas que vai fazer um enorme sucesso.”

Por Mônica Horta, é claro.
E que assim seja, porque eu quero mesmo é me dar bem no emprego e relacionamento bom é relacionamento trash! Vários, aliás. De uma vez só. E tenho dito!

...suspiro...

11 de dez. de 2005

Let it rain

E lá vai o pó cobrindo este blog novamente...
Último post foi durante um plantão. E este também o é! No iG desde 6h, esperando ansiosamente 14h, sem naaaada o que fazer, com a líder da gang do Babado sentada na posição Lat16º Long25º partindo do Trópico de Capricórnio deste que lhes escreve.

Domingo, 11 de dezembro de 2005, 13h32 e a sua revista eletrônica só vai estar no ar depois das 20h, com uma matéria sobre Le Parkour, assunto do qual EU JÁ falei em primeiríssima mão no iG Jovem: http://igjovem.ig.com.br/materias/338501-339000/338891/338891_1.html

(Lucasof) É fantástico, da idade da pedra, ao homem de plástico...
Ah uh uh ah ah uh uh ah uh uh ah uh uh ahhhhhh


Por falar em ansioso, fiquei altamente perturbado (Ah é? Perturbado, você? Não diga?) depois de ter lido o blog da Mc Fountains..."Permitir outros mundos. Permitir outras pessoas".
E fora que ela é mais uma do fã-clube "Eu leio meu horóscopo em todos os meios de comunicação possíveis e imagináveis e não nego". Mas também não sigo.
No creo, mas que hay, hay.

Só um minuto. Minha olheira comprimiu o olho esquerdo e jogou ele pra fora da órbita.

Pronto, encaixei de volta.
E no mais, isso é tudo.
Abraaaaaço
(& Let it rain, como canta Tracy Chapman)

"Let it rain
As I walk these streets unknown
To no one named
Not even myself
When I'm low

Give me hope
That help is coming
When I need it most..."