1 de out. de 2010

“Yeah, I'm gonna have to move on…

Hora de posicionamento, de passo. Dia cinza, de angústia. Noite de dormir no sofá, evitar ter que dividir algumas lembranças com os lençóis.

...before we meet again”.

Dos rascunhos da vida

Eu penso quase em tempo integral sobre qual teria sido o momento em que toda a beleza da ingenuidade, o impulso do mundo a descobrir e a complementaridade de duas vidas tão opostas, que compunham uma paixão, acabaram tornando-se uma concorrência, uma busca por um Santo Graal que, sabemos, jamais será encontrado e não coroará nenhum de nós.

Qual foi o momento em que a explosão alegre de uma carolina descongelada indo ao chão virou uma briga pela sujeira e desperdício. Em que a dança, ainda que etílica e buscando extravasar outras coisas, passou de lazer a motivo para briga. A hora em que olhares se descruzaram, perderam a cumplicidade e passaram a procurar pela pista, tão à meia-luz e pulsante como nosso confuso relacionamento. Ali também não encontraríamos respostas, só mais distância.