25 de ago. de 2006

Beyond Broadcast

Todo mundo está levantando do sofá e da cama para navegar e, o mais novo e importante, fazer parte da web.

Interatividade e Web 2.0 tiram as pessoas do passivismo da televisão e fazem com que elas selecionem e produzam seus conteúdos, compartilhando e se sentindo parte notável de um mundo cada dia mais integrado.

De tudo que tenho lido e visto para melhorar no web ofício e firmar o que penso ser minha carreira - e trocar um salário quatro vezes maior por um plano de vida - só posso concluir que não quero sair de sofá algum, tampouco fazer parte de nada!

Ok, bastidores me agradam. Conduzir, editar, pensar, criar. Para isso, tenho que entender.

De que, mesmo? Fiz Jornalismo, é isso?
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No mais, como disse a chefe, é plantar agora para colher o ano que vem. "Seja um bom profissional e espalhe as sementes. Quando você estiver bem, vai colher esse amor que almeja".

Ok, yes.

24 de ago. de 2006

22 de ago. de 2006

Kashrut

Fim de semana glorioso, rollercoaster de sucesso profissional e família versus decadência e indecência amorosa. No fim tudo serão lembranças.

Segunda regada a comidinhas kasher da Matok, sob supervisão do Rabino Isaac Dichi. Talvez o problema seja eu misturar leite com paçoca de carne fresca e meu misto quente com Coca light na madrugada.

Sai, espírito tranca rua dos infernos.

"A vida tem que ser com calma, Luquinhas. Você demorou nove meses para sair, me perturbou e rebentou de forma turbulenta. Calma."

Tudo flui, Heráclito, tudo flui.

Ontem, dois meses de Sampaist. Rendez-vous culinário para comemorar, claro. Crepe e Xico Sá: "Eta, esse sampaist é fueda. Faz tempo q ta pendurado nos meus favorits!"

16 de ago. de 2006

Reunião de Tupperware

O designer Philippe Starck, acostumado a viajar sempre na primeira classe das aerolinhas e comer em pratos de louça com talheres de metal, estava feliz assistindo o seriado Oz, a Vida é Uma Prisão quando teve uma idéia revolucionária.

Que tal juntar toda a comida em um único recipiente, com umas divisórias que separem uma coisa da outra?! E juntar louça e metal, para dar aquele ar chique? Tão prático, tão revolucionário!

E foi assim que ele criou a releitura da marmita. Uma bandeja para a primeira classe da Air France, feita de metal prateado e com divisórias internas de porcelana branca, "que ganham um toque de ousadia com a presença do guardanapo na cor vermelha".

Esses desíguiners...

15 de ago. de 2006

Mas eu não sou famoso.

Lendo a Wired desse mês, ossos do web ofício - assumo que aprendi a gostar da revista conforme aprendi a (começar a) entender a internet e aceitar que esse pode ser um bom caminho profissional - dei de cara com um artigo do Stephen Colbert intitulado "Be an Expert on Anything".

São onze dicas para ajudar as pessoas comuns, filhos de Deus, essa canoa furada como eu e você a serem um sucesso.

Em determinada parte, ainda no começo, ele lança que "is partly about making people believe you know everything".

Lembrei do post "Viva o Kitsch", que publiquei aqui faz um tempo, seguindo a mesma linha e dizendo como ter sucesso e tornar-se um referencial em qualquer coisa.

Lucasof adiantando tendências globais.

10 de ago. de 2006

As lembranças têm som de páginas virando

Cada um tem suas lembranças de infância arquivadas de maneiras muito particulares. Uns priorizam as boas, outros gostam de remoer as piores (o que, segundo minha mãe, atravanca a vida). Mas mesmo os que tiveram dias não tão coloridos conseguem garimpar um sorriso na memória.

Talvez eventos como o Dia dos Pais sejam para isso: lembrarmos de coisinhas agradáveis com o titular da data e construirmos outras tantas novas.

Escarafunchando meu miolo lembrei que meu pai, quando eu era bem pequeno e a energia elétrica acabava lá em casa – isso acontecia bastante no interior – acendia uma vela e lia para mim e meu irmão, sempre algum livro de aventura. O Homem da Máscara de Ferro, A Ilha do Tesouro...

Era muito bom e hoje são memórias incríveis. Confesso que, de luz apagada, ainda uso minha lanterna (sim, tenho medo de dormir com uma vela acesa e a casa pegar fogo!) para ler aventuras à meia-luz e me aconchegar ao som das páginas virando.

Abraço!

*Publicado originalmente no especial de Dia dos Pais do iG, em Bookmarks.

7 de ago. de 2006

Ponderado, perfeitamente equilibrado

Ontem fui com três amigosist escolher tamanhos e detalhes das camisetas do Sampaist. Depois jantamos, rolamos de rir e voltei para casa leve, feliz, realizado e empolgado.

Projeto paralelo divertido. Fechamos uma parceria de produção das nossas camisetas com o pessoal da Obra. Os caras são muito classe A, a “amizade” de sites e produtos promete ser um sucesso e as camisetas ficarão incríveis, aguardem!

É divertido notar como exercer funções administrativas para uma grande corporação que mal sabe que você existe é um enfado, mas para algo cujo retorno é também para você e os elogios pela qualidade e a audiência são crescentes é motivador.

Hey ho, let´s go.
Aceito encomendas desde já!
=)

1, 2, 3, respira

Felicidade agendada.
Tem que ser sucesso, porque não rola devolução de tempo e expectativa.
Truncado. Alguém blefa comigo?

Sampaist muito bem, obrigado. Adorando brincar de O Aprendiz, com Roberto Justus.

5 de ago. de 2006

Possessão

Acordei cedo ao irritante som do celular/despertador, vi o dia ensolarado e a vida que já começara janelas afora.

Saí da minha cama maior que o colchão, tomei meu banho, peguei meu iogurte, gastei 23 minutos em um trajeto que normalmente gasto 7 - congestionado por estreitamento de pista necessário para detonações subterrâneas - e cheguei ao trabalho.

Som de reformas, forjando notícias "enviadas por internautas", pensando e pensado no sussurro dos astros ao fim de 2005. Insisto: não acredito neles, mas que são espirituosos, não há como negar.

Querendo explodir em uma manhã tão linda?
Regurgite tudo em uma consulta terapêutica online via msn e aproveite o resto do dia com um sorriso.

Sabem o que é sentir ciúmes de um passado que você definitivamente não quer de volta?

Lucasof com cara de Hildegard Angel em peça de Gerald Thomas.

3 de ago. de 2006

Edredom

Sinto falta do seu corpo quente e da sua conversa prepotente nas noites frias.

Sopa.

"(...)Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas

Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas(...)"

2 de ago. de 2006

Considerações a respeito do amor e do Minhocão

A Avenida São João nos meus tempos de solteiro era uma longa e interminável via de sonhos. Eu trabalhava na Senador Feijó, ao lado da Catedral Metropolitana e ao encerrar o expediente cortava a Praça da Sé, entrava na Rua Direita, atravessava o Viaduto do Chá, passava pelo majestoso Teatro Municipal para chegar à Praça da República e encontrar minha namorada, que trabalhava na Esso Standard do Brasil, na Rua Pedro Américo.

Dali até a Avenida São João era um pulo e chegar ao Cine Metro era coisa de alguns segundos. Todo esse trajeto eu o fazia com o coração aos saltos, buscando em cada forma de concreto ou pedacinho de verde um motivo para embalar minha felicidade.

Até mesmo as vitrinas decoradas das lojas influenciavam meu estado de espírito. Você não acredita, mas eu era moço e sua avó também.

Os filmes, geralmente românticos, daquele tempo, eram nosso passatempo e motivo para ficarmos a sós. Os bondes que subiam, contornando a Praça dos Correios e desciam rumo à Lapa, onde morávamos, os bondes abertos ou os bondes fechados mais conhecidos como "camarões", davam à Avenida aquele toque sutil de metrópole tranqüila e inocente, completamente alheia ao reboliço e violência dos dias de hoje.

Não havia o metrô e as greve dos motorneiros e motoristas de ônibus nos obrigaram algumas vezes a caminhar sem pressa, braços dados a caminho de casa na distante Rua Fábia, transportando anseios e desejos que iriam se concretizar tempos depois.

Eram dias de sol e de garoa, que embalavam nossa rotina pela Avenida São João, hoje certamente coberta pela estúpida e falsa idéia do prático e do moderno. Pesa-lhe agora a sombria face do esquecimento, da fealdade, do urbanismo "bancarroto".

O Minhocão, com sua poderosa forma de concreto afrontou todos os conceitos de estética e matou minhas saudades mais preciosas.

Por Saavedra Fontes, o vovô da Fe Fountains.
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Com saudades do meu dia-a-dia no Minhocão, da correria de TCC + trabalho.
Ontem fiz um ano de iG. De vida renovada. De felicidade na maior parte do tempo.
Docinhos e jantar para comemorar, e depois Saltimbanco, do Cirque du Soleil. Primeira fila da primeira apresentação completa no Brasil.
Lindo, lúdico, encantador.