19 de nov. de 2008

Desalento

O meu gesto, de tão desesperado,
Perdeu inocência e desabou
Sem esmero ou ternura, pesado
Tão descuidado que foi, magoou

Apagou dos olhos seus o brilhar
E seu lindo sorriso se desfez
Numa nuvem sombria de pesar...
Lágrimas cobrindo-lhe toda tez.

Reside em mim nossa esperança

E não no verbo, do esquecimento...
Nosso amor no canto de mãos em vértice

São meus sentimentos agora, vórtice
Um turbilhão de angústia e lamento...
Na insensatez de um amor criança.

17 de jul. de 2008

Sigo

O tempo parado, a poeira assentando talvez reflita um pouco a minha vida. Essa a função deste aguadetomate, não? Passar um pouco de meu tempo, meus dias, meus afazeres, meu ócio, seja ele criativo, óbvio ou daninho. Tornar pública, a quem quiser, uma parte de mim. E assim o faz, até no silêncio dos posts, na data estática, cada vez mais longe do hoje, do agora, do futuro que tentamos a todo custo adiantar.

Estou em busca, inquieto, aprendendo a disfarçar a careta causada por alguns dissabores, tentando, aprendendo, refletindo e concluindo alguns pontos, que desatam outros. Sim, eu estou com medo. Mas, pasmem, aprendi (um pouquinho) a mudar. Não a essência, mas coisas e posições. Seguir. Talvez para isso sirva essa jornada atual, para alguém que tanto buscar enxergar na vida e nos toques da Providência uma mensagem, que poucas vezes é clara ou inteligível aos que não estão de peito aberto.

7 de mai. de 2008

Voltei. Pra quê?

“Esta quarta-feira pode se transformar num dia inesquecível”, diziam os astros. E assim foi. Acordei com a sensação de que o dia seria ruim, e ele foi pior.

19 de mar. de 2008

Seguro desemprego

De repente, a bancada do PHA levantou e deixou o prédio, e o site dele deixou o mundo virtual. E ninguém sabe, ninguém viu. Agora, só via Web Archive. Mais por Azenha.

8 de fev. de 2008

Restos de confete e serpentina no lugar do cérebro

Meu açougueiro fashionista usa roupas off-white e galochas brancas faz 25 anos. Minha eterna babá, a Maria, usa galochas pretas e roupa com tie dye de alvejante. O jardineiro de minha mãe usa galochas cinza. Estou cercado por gente da moda!
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Quero o samba-enredo da minha vida cantado por Jamelão. Ou Oscar Niemeyer.

20 de jan. de 2008

Ao vivo

Via e-mail, direto da Bienal/SPFW:

"Perdemos o desfile do Wilson Ranieri que acabou de começar, o técnico ainda está no telhado da Bienal tentando resolver o problema".

O gato subiu no telhado...

19 de jan. de 2008

Burp

Já tomei tanto energético e Coca-cola genérica aqui no SPFW que comecei a arrotar osteoporose.

18 de jan. de 2008

Here comes the sun

No meio do São Paulo Fashion Week, na sala de imprensa, cercado por jornalistas e cobranças, me pego cantando em voz alta – logo eu, que nunca faço isso – “little darling, it´s been a long cold lonely winter”. É o final dos tempos no começo de um novo ano.