31 de dez. de 2006

Retrospectiva Água de Tomate 2006

Nos primeiros ventos do ano em que o mundo perdeu Robert Altman, Sivuca e James Brown e Saddan Hussein e Pinochet perderam o mundo, et altri, meu irmão se atirou no sagrado matrimônio. Depois, o Brasil mandou seu primeiro astronauta para plantar feijão no espaço e meus dias foram jogar xadrez tirando bombons sortidos de uma caixa.

Tempos de provar competência, consolidar amizades, pensar em caminhos, definir prioridades, assumir vontades. Foi rápido demais e rendeu como se fossem décadas...

Completo e imperfeito
Passar o ano sem um grande amor pode resultar em uma sobriedade imensa para outras coisas, fazer a vida fluir, focar no profissional, mas fica sempre uma sensação de que falta algo. Falta um cafuné com minhas ranhetices ao fim do dia. Ainda assim os meses foram um grande semear para 2007 e a "ausência assimilada ninguém rouba mais de mim".

Thanks for the joy that you've given me
No peneirar de pessoas que cruzaram meu caminho, foi gratificante ver que ficaram algumas muito queridas. Amigos de uma vida toda com votos renovados; não tão antigos, mas sinceros, me confortando nas horas chatas, me dando um tapa na cara quando precisei acordar, sempre lado a lado. Gente nova que vai chegando, seja via Sampaist, via bancada laranja ou pelas calçadas do mundo, e que promete muito.

Andando por entre os becos
Graduado, enfim! Quanto nervosismo ao esperar que anunciassem que meu (nosso, viva os quatro do Minhocão!) trabalho de conclusão de curso havia sido aprovado. Depois, a festa de formatura, lavar a alma, valsar com a mãe, abraçar os amigos - agora companheiros de profissão - e fazer juras impossíveis.

O microcosmo laranja
Como bem alertaram os astros, nos quais não acredito, mas que acreditam em mim, esse foi um ano profiGssional. De estagiário que era em agosto de 2005, passei a repórter, editor de um site, dois, três, de um futuro mega canal, ... Muita responsabilidade, tempo de pensar em rumos, descobrir, ler, estudar, levar a sério. E me encantar, porque não? É da bancada laranja do iG que termino essas linhas, às 15h39 do dia 31 de dezembro...

É de quem faz
Quantas realizações, alegrias, empenho, trabalho, surpresas e grandes pessoas me trouxe o Sampaist! Que o próximo ano seja ainda melhor e, de novo, obrigado ao Lemp Justus e os demais Ticos sangue-beat que fazem aquilo acontecer.

Buscapé
Conviver em família é acelerar numa rua de paralelepípedo com pneu careca. Resolve-se um problema, criam-se outros. A manutenção do amor, o apertar dos laços e desfazer os nós. Ainda assim, nada melhor. Ter braços nos quais aconchegar-se, aninhar-se, sentir-se pequeno e acolhido por um preço módico.

De Sideshow Bob para máquina dois
A vivida cabeleira étnica recebeu uma tosa radical e passou a maior parte do ano baixa, porém, repercutindo!


Palavra: Rápido
Música: O Último Pôr do Sol, do Lenine (dá-lhe Fe!), Any Road, do George Harrison (influência do Duda em minha vida; "If you don´t know where you´re going, any road can take you there")
Livro: Viver Para Contar, do Gabriel Garcia Marques (eita nome recorrente), O Nome da Morte, do Kléster Cavalcanti
Show: Chico Buarque
Restaurante: Pizza Hut, pelos momentos todos, e os demais onde rolaram as reuniões - sempre desculpas para comer e beber - do Sampaist
Viagem: Rio de Janeiro e Rosario
Filme: Pensando rápido, acho que Pequena Miss Sunshine e Shortbus
Banda nacional: Paralamas passaram bastante pelo som do Cibié
Álbum: Ok, me rendo. Lenine acústico, que tem toda uma história
Um lugar: minha casa, mais que nunca
(Re)Descobri: Um profissional, um pai, e O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse
Uma loja: O Camiseiro, onde flui vida, história, o sorriso fácil e o afago difícil do Seu Elias e o outlet que vende King 55
Uma(s) frase(s): Mas você é burro?; Dá um tapa na cara!; Ticos, tiririririrpompompompom; Henfil Cointreal
O que mais valeu a pena: ter trocado a energia eólica pelo Minhocão. No mais, sustento a frase de 2005: tudo, sempre. Porque a alma, quero crer, não é pequena e "je ne regrette rien" (o Francês promete para 2007, em conluio com Mayara)
Um momento: Tantos! Casamento do Duda, TCC, formatura, festa do Sampaist...
Planos para 2007: consolidar a vida profissional, andar mais de bicicleta, continuar sem comer unha, fazer academia, um amor louco e arrebatador, a paz mundial e ganhar o concurso de miss...
O melhor cartão de Natal: De Lígia Helena para Lucasof (música de programa dominical ao fundo)
Uma frase: A vida te pega na esquina, por Verónica Aravena
O ano acaba assim: Cansado, realizado, ansioso, confuso e feliz. "Caminante, no hay camino, se hace camino al andar"

Um ótimo ano que vem para todos! Que 2007 lhes sorria, como diria Carlos, o inesquecível Chaparro.

14 de dez. de 2006

God only knows...

No dia em que o Sampaist saiu na Rolling Stone, graças ao Lemp, um visionário à sua maneira e seus nove blogueiros malucos e bem relacionados, eu fui promovido em meu emprego formal.

Parto para uma empreitada ainda maior, com frio na barriga e dúvidas sobre caminhos, e deixo, entre outras coisas, meu nome gravado como primeiro editor homem do iGirl (não interessa se mandei bem ou não, rs).

Mais do que feliz, estou agradecido. Ao Leandro, claro, pela idéia original da fundação do blog, convite, confiança e por estar envolvido em minha entrada no iG, Paula e suas incríveis dicas de "xadrez", uma natural born estrategista, e a uma mulher iluminada, a quem devo grande parte de minha formação profissional.

Sempre lembro de uma reunião de diretrizes e conduta na qual ela disse que "daqui só levaremos as lembranças que plantarmos ou colhermos. Talvez sobrem alguns amigos, mas o principal serão memórias. Por isso temos de tentar fazer o melhor, todo o tempo, como profissionais e como pessoas que se relacionam num ambiente de trabalho".

Fui para a casa pensando muito, refletindo sobre inúmeras coisas e tentando colocar ordem nos planos para o futuro e nas obrigações como estagiário. Era agosto de 2005.

No dia seguinte, sobre minha mesa, me esperava um exemplar do livro "La Chambre Claire", de Roland Barthes, com uma marcação na foto intitulada "Polaroid", de Daniel Boudinet.

Um cômodo escuro, um poltrona, uma janela coberta por uma cortina preta, translúcida e com uma pequena fresta sinalizando que havia luz do outro lado.

A imagem e o momento em que a vi viraram o marco do desatar de minha carreira. Podia não ver, não saber, ter medo do novo, mas atrás da cortina tinha um mundo me esperando.

E foi segurando nas mãos de Adília Belotti que, esperneando, ousei me atirar, como bem fazia nos melhores anos de descobertas da infância, encantado e barulhento.

"Alguns de nós acham que a felicidade é medida em pixels de alegria...engano. A felicidade só existe porque ela é sempre matizada pela percepção da fragilidade das coisas humanas..."

Todo o carinho, gratidão e admiração do mundo. É uma honra e um privilégio conviver com ela, e um grande desafio.

...what I'd be without you.

2 de dez. de 2006

Não ouçam, circulem

Nesses tempos de tentativas de desintoxicar da net quando não no trabalho - livros, bicicleta, cinema, amigos, casa, piscina, parque, balada - de vez em quando acabo me rendendo à fidelidade de minha TV, um satélite que só quer me amar.

Pois levando um beijo do gordo antes de dormir, na querida Rede Globo, foi que vi Tom Zé.

Alguém avisa que, ok, a canção pode estar morta, mas a Semana de 22 também está?

Não bastasse ouvir o Jair Deixe Que Pense Rodrigues falar - o que é que tem? - que foi o primeiro rapper, agora também devo sorrir com Tom Zé e seu braço de vitrola afirmando que foi o primeiro dijêi, usando um sampler artesanal?

Uhum. E Lucasof depois de velho foi o primeiro a assumir que deixa as unhas do pé crescerem para raspar no piso da cozinha da casa da mãe.

Eu tinha o controle em mãos, mas uma força cósmica me mantinha no canal 5.

Dentro de um carro, Tom Zé, Jô Soares e mais um me deixavam claustrofóbico. Joguei o lençol de lado, sentei na cama.

Colocaram o rádio, "tunado e hypado" com enormes caixas de som, no volume máximo. Aí começou um falatório sobre escola de Viena, atonalidade, dodecafonismo, muitos aparelhos ligados ao mesmo tempo, estar nos braços de Dionísio numa macumba grega...

Abaixaram o volume, saíram do carro em êxtase criativo. Pude voltar a respirar em casa.

Essa gente nunca teve férias no interior nas décadas de 1980/90, com playboys estacionando seus carros com sons no máximo ao redor de praças, cada um com seu estilo musical, naquele caos perturbador?

Assumo, estou na fase do incômodo. Logo eu assimilo e boto os tímpanos para batucarem num barato decibélico e suspiro: gênio!

Ao Tom, esqueça da canção. As roseiras estão vivas, reguemos.

23 de nov. de 2006

Assim falou Zaratustra

São saudades porque ainda não findou. Um não é o outro; é porque não há o outro.

Só quando alguém ousar saber qual o próximo passo e tiver a destreza de não tropeçar.

Ainda assim as saudades que viraram fim serão algo novo, com muito pela frente.
Sempre um começo.
--
Tanto, tanto, tanto para escrever e contar para mim mesmo. Mas quando chego em casa quero distância do computador. Meu caderninho de devaneios está quase sem páginas.

13 de nov. de 2006

Das citações

Na Casa do Saber:

"Ah Lucas, você é como Truffaut, um homem que amava as mulheres..."
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No e-mail Sampaist:

"Fala pessoal... hoje batemos nosso recorde total de audiência de todos
os tempos. Graças ao rebolado de Fergie (...) atingimos até as 23h15 de hoje a marca de 10 mil unique visitors. Caraleo!"
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No blog da Tati:

"Mais uma vez pergunto: quando o fim deixará de ser saudades?"
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No Garotas Que Dizem Ni:

"Antes eu queria ser como a bailarina da letra do Chico Buarque, mas é muito solitário não ser gente normal"
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Sou saudosista de um passado que não é meu.

6 de nov. de 2006

Tienen miedo del amor y no saber amar

O celular reclama, jogado em cima da mochila no pé da cama. SMS.

"Qdo vc vai ser só meu? Vc disse que não confiava em vc...Lembra?"

A sobrancelha franze e a pergunta é: quando comecei a ser tão sincero com os outros e nem tanto comigo? Preciso de um monge para ir anotando tudo que vou dizendo.
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Viaja de ônibus? Já esteve em um capotamento? Come salgadinho, coxa de frango e corta as unhas no coletivo? Acredita em videntes ou votou na Mãe Dinah para suplente de porteiro do céu?
Clica loguinho aqui e prepara o esfíncter.

26 de out. de 2006

Cromo

Ia fazer toda uma discussão sobre design, comunicação, vida, modernidade, Web 3.0, concurso de Miss e a paz mundial, mas o planeta Mercúrio resolveu entrar em movimento retrógrado aparente em Escorpião, e isso gera uma fase em que os processos de comunicação sofrem alterações.

Como o dia começou bombando com dezessete e-mails tentando resolver problemas e vaidades (a palavra de ordem!) com parcerias, acho melhor adiar.

Sem mais para o momento cósmico,
Lucasof, o (anti)cé(p)tico.

PS: Esses dias quebrei o sétimo termômetro da minha vida. É um sinal?

23 de out. de 2006

Être et avoir

Eu me apaixonei no primeiro abraço nas catracas do metrô porque você faz parecer que nem tudo é vaidade, que o mundo é infinito e sempre novo.

Você não sabe e nem liga para a marca do meu carro, a cor do meu cartão do banco ou o nome próprio das minhas roupas, mas sabe acolher em um abraço e a hora de fazer cafuné como ninguém.

Esconde o âmago atrás de um fino par de olhos verdes, que quando transbordam em feixes de sinceridade ora inocente, ora cruel e sempre viciante, arrepiam a alma alheia.

Seus dogmas sendo quebrados ali, no chão de madeira da sala, entre cartas de jogo, copos, almofadas e facadas de sentimentos provam que você é falível, ser ainda mais vivo e adorável.

Tem um cordão umbilical amarrado ao umbigo de sua mãe que sustenta o mundo, que se estende, estica, puxa, viaja, torce e nunca se rompe.

Ouve como ninguém a minha verborragia e parece entender e não julgar como poucos.

Está em minha agenda do celular, orkut e outros meios, nas lembranças de fins de semana e feriados, mas não está em minha planilha de atualizações dos canais e nos planos para amanhã.

A vida é irônica com nomes e rumos, ainda assim é você que colore alguns pensamentos e mantém meu pulso de tempos em tempos, provando a grandeza e "insustentável leveza do ser" (não podia passar sem citações e referências!).

Tudo porque um raio cósmico azul/magenta me partiu ao meio e eu encontrei seu bilhete no mural.

12 de out. de 2006

Sinto a batucada se aproximar...

Depois de tanto tempo no escuro, abriram a porta da senzala e eu não sei o que fazer! Mas juro para todos os meus dedos dos pés que, após postar, vou sair conversar com o irmão Sol.

Mesmo porque paira a promessa de uma força libertadora que me resgatará pelas mãos. Que rufem os tambores! Glaaaaaam!

E, para animar ainda mais, Xico Sá recomenda, em sua Ponte aérea/SP com o cinto afivelado, a bandeja recolhida e o sinal luminoso de É Proibido Fumar no no mínimo:

"E lá vamos nós aproveitar a cidade dos sonhos semi-deserta, "se liga", como dizem os boys e manos, se liga nas dicas do Sampaist, o site de uma moçada que flana, à vera, pelo melhor da cidade, e "te juega, cabrón, en la calle", como me diz aqui o sábio vizinho espanhol, bravo Pedro Caballero, o rei do Sujinho, onde se come a melhor e mais farta bisteca da cidade, aqui na geografia afetiva das ruas-mulheres, Angélica, Augusta e Consolação, como canta Tom Zé, um dos tantos orgulhosos baianos, aquele mesmo que canta o hino extra-oficial destas plagas, "São São Paulo, São Paulo tanta dor, São Paulo meu amor"."

...estou ensaiado para te tocar...

9 de out. de 2006

Chegou no meu Outlook

"Olá,

Estava observando as suas dicas de beleza, achei interessante a parte do protetor solar. Você falou que os protetores antigos tinham cheiro de praia, eram grossos e tal, é bem verdade. Tenho a pele branca, sabe me indicar algum protetor bom que sirva pra o dia a dia? Eu estava observando um Sundown Sport spray 15, achei ele legal, fininho, o cheiro muito bom, só que me mostraram um novo da L´oreal, que inclusive vem com anti-rugas e regenera a pele. Achei ele bastante interessante. O que me desanimou em relação ao Sundown foi ele ser fator 15, e como sou muito branco acho o fator trinta da L´oreal mais interessante, e achei muito cheiroso também. Já o Sundown normal é horrível. Em que pode me ajudar amigo? Alguma dica a mais?"

--

E Joseph Polansky disse que 2007 terá muito do mapa astral de 2006. Me ferrei. Vou morrer um excelente profissional solteiro.
Ainda bem que não acredito nos astros.

5 de out. de 2006

Just too good to be true

Coisas boas pela metade continuam sendo coisas boas?
Noite de kalundum pré fim de semana que promete fortes emoções.

Alguém me abraça?

2 de out. de 2006

Melhor ler isso...

Do blog da Tati:

"O epitáfio escrito por Lucasof (minha irmã já está responsável por localizá-lo) será jateado em vidro e chumbado com botões quadrados cromados por sobre o granito."

...do que ser surdo.

1 de out. de 2006

Viva a festa da democracia!

Fui para Sorocs, votei e voltei para o trabalho. Mesmo sendo um analfabeto funcional em política, li "Cartas a um jovem político", do FHC. Nunca fiz escolhas assim tão feliz e confiante! To quase entrando para essa vida. Jabá por jabá, a política rende mais!

E a cláusula de barreira na legislação pode até fortalecer a estrutura partidária nacional, consolidar ideais e planos de governo, o que seria bom para sossegar o troca-troca e a pulverização que temos na política, mas ninguém pode acabar com o Partido Verde!

Só o Gabeira fica bem de tanga na praia e o Penna é a última boa barba que nos resta!

Propaganda de boca-de-urna: não fui preso por ter ido votar com minha linda camiseta verde do Sampaist!

28 de set. de 2006

O pobre cocozinho...

Uma linda metáfora sobre a vida e o ser humano.

Leia e chore.

"Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e fedidinho, jogado no pasto de uma fazenda. Coitado do cocô! Desde que veio ao mundo, ele vinha tentando conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:
- Hum! Que coisa fedida! - diziam as crianças.
- Cuidado! Não encostem na sujeira! - avisavam os adultos (...)"

Clique aqui para continuar lendo esta incrível crônica.

27 de set. de 2006

Shadows of a man...

Hoje é seu aniversário.

A casa, o carro, o corpo, o cérebro e a alma ainda estão muito adornados de memórias nossas.

Quanto mais a vida caminha e o rancor dissipa, mais gostoso é lembrar de tudo. Altos e baixos, infinito e além do mundo que criamos para nos perdermos juntos e encontrarmo-nos, separados, com quem somos.

Hoje, tão maiores, tão além, ainda e sempre perdidos.

...Oh Mandy

22 de set. de 2006

Boa noite, boa sorte

"Olá pessoal, estou saindo da editoria do iGirl nesta sexta-feira. Passo a bola para o Lucas de Oliveira, que já é editor do iG Jovem e agora também do iGirl.
Foi um grande prazer trabalhar com todos! Agradeço a colaboração e respeito de vocês.

Ah, continuo firme e forte no Delas, que vai ficar gigante! Uhuu.

Beijos e boa sorte para o Lucas! ;-)"

Parte II
"O iGirl é a porta para a dominação mundial, rapazinho... Aproveite! :D"

Parte III
Mas que mundo é esse?!

17 de set. de 2006

Menos faminto e curioso

Parto o biscoito da sorte às 19h27.
"O que tem de ser seu sempre voltará a você", diz o bilhetinho.
Sorrio, balanço a cabeça de um lado para o outro e mastigo o sabor levemente adocicado.

Chove, muito trânsito.

Em casa, 23h46, o telefone toca.

15 de set. de 2006

Roubado vale o dobro

"Um dia eu tava trancado dentro de casa, tinha chegado louco, de repente começou a chover. Foi aumentando, ficou forte, mais forte, mais forte... Não tive dúvidas. Tirei toda a roupa, abri a porta e fui...

(...)


...depois tomei um banho quente, quente, quente e dormi! Nunca esqueço."

4 de set. de 2006

Strike a pose

"Falar de celebridades é fazer fofoca com um compromisso visual com a beleza"

P. Carta

25 de ago. de 2006

Beyond Broadcast

Todo mundo está levantando do sofá e da cama para navegar e, o mais novo e importante, fazer parte da web.

Interatividade e Web 2.0 tiram as pessoas do passivismo da televisão e fazem com que elas selecionem e produzam seus conteúdos, compartilhando e se sentindo parte notável de um mundo cada dia mais integrado.

De tudo que tenho lido e visto para melhorar no web ofício e firmar o que penso ser minha carreira - e trocar um salário quatro vezes maior por um plano de vida - só posso concluir que não quero sair de sofá algum, tampouco fazer parte de nada!

Ok, bastidores me agradam. Conduzir, editar, pensar, criar. Para isso, tenho que entender.

De que, mesmo? Fiz Jornalismo, é isso?
--
No mais, como disse a chefe, é plantar agora para colher o ano que vem. "Seja um bom profissional e espalhe as sementes. Quando você estiver bem, vai colher esse amor que almeja".

Ok, yes.

24 de ago. de 2006

22 de ago. de 2006

Kashrut

Fim de semana glorioso, rollercoaster de sucesso profissional e família versus decadência e indecência amorosa. No fim tudo serão lembranças.

Segunda regada a comidinhas kasher da Matok, sob supervisão do Rabino Isaac Dichi. Talvez o problema seja eu misturar leite com paçoca de carne fresca e meu misto quente com Coca light na madrugada.

Sai, espírito tranca rua dos infernos.

"A vida tem que ser com calma, Luquinhas. Você demorou nove meses para sair, me perturbou e rebentou de forma turbulenta. Calma."

Tudo flui, Heráclito, tudo flui.

Ontem, dois meses de Sampaist. Rendez-vous culinário para comemorar, claro. Crepe e Xico Sá: "Eta, esse sampaist é fueda. Faz tempo q ta pendurado nos meus favorits!"

16 de ago. de 2006

Reunião de Tupperware

O designer Philippe Starck, acostumado a viajar sempre na primeira classe das aerolinhas e comer em pratos de louça com talheres de metal, estava feliz assistindo o seriado Oz, a Vida é Uma Prisão quando teve uma idéia revolucionária.

Que tal juntar toda a comida em um único recipiente, com umas divisórias que separem uma coisa da outra?! E juntar louça e metal, para dar aquele ar chique? Tão prático, tão revolucionário!

E foi assim que ele criou a releitura da marmita. Uma bandeja para a primeira classe da Air France, feita de metal prateado e com divisórias internas de porcelana branca, "que ganham um toque de ousadia com a presença do guardanapo na cor vermelha".

Esses desíguiners...

15 de ago. de 2006

Mas eu não sou famoso.

Lendo a Wired desse mês, ossos do web ofício - assumo que aprendi a gostar da revista conforme aprendi a (começar a) entender a internet e aceitar que esse pode ser um bom caminho profissional - dei de cara com um artigo do Stephen Colbert intitulado "Be an Expert on Anything".

São onze dicas para ajudar as pessoas comuns, filhos de Deus, essa canoa furada como eu e você a serem um sucesso.

Em determinada parte, ainda no começo, ele lança que "is partly about making people believe you know everything".

Lembrei do post "Viva o Kitsch", que publiquei aqui faz um tempo, seguindo a mesma linha e dizendo como ter sucesso e tornar-se um referencial em qualquer coisa.

Lucasof adiantando tendências globais.

10 de ago. de 2006

As lembranças têm som de páginas virando

Cada um tem suas lembranças de infância arquivadas de maneiras muito particulares. Uns priorizam as boas, outros gostam de remoer as piores (o que, segundo minha mãe, atravanca a vida). Mas mesmo os que tiveram dias não tão coloridos conseguem garimpar um sorriso na memória.

Talvez eventos como o Dia dos Pais sejam para isso: lembrarmos de coisinhas agradáveis com o titular da data e construirmos outras tantas novas.

Escarafunchando meu miolo lembrei que meu pai, quando eu era bem pequeno e a energia elétrica acabava lá em casa – isso acontecia bastante no interior – acendia uma vela e lia para mim e meu irmão, sempre algum livro de aventura. O Homem da Máscara de Ferro, A Ilha do Tesouro...

Era muito bom e hoje são memórias incríveis. Confesso que, de luz apagada, ainda uso minha lanterna (sim, tenho medo de dormir com uma vela acesa e a casa pegar fogo!) para ler aventuras à meia-luz e me aconchegar ao som das páginas virando.

Abraço!

*Publicado originalmente no especial de Dia dos Pais do iG, em Bookmarks.

7 de ago. de 2006

Ponderado, perfeitamente equilibrado

Ontem fui com três amigosist escolher tamanhos e detalhes das camisetas do Sampaist. Depois jantamos, rolamos de rir e voltei para casa leve, feliz, realizado e empolgado.

Projeto paralelo divertido. Fechamos uma parceria de produção das nossas camisetas com o pessoal da Obra. Os caras são muito classe A, a “amizade” de sites e produtos promete ser um sucesso e as camisetas ficarão incríveis, aguardem!

É divertido notar como exercer funções administrativas para uma grande corporação que mal sabe que você existe é um enfado, mas para algo cujo retorno é também para você e os elogios pela qualidade e a audiência são crescentes é motivador.

Hey ho, let´s go.
Aceito encomendas desde já!
=)

1, 2, 3, respira

Felicidade agendada.
Tem que ser sucesso, porque não rola devolução de tempo e expectativa.
Truncado. Alguém blefa comigo?

Sampaist muito bem, obrigado. Adorando brincar de O Aprendiz, com Roberto Justus.

5 de ago. de 2006

Possessão

Acordei cedo ao irritante som do celular/despertador, vi o dia ensolarado e a vida que já começara janelas afora.

Saí da minha cama maior que o colchão, tomei meu banho, peguei meu iogurte, gastei 23 minutos em um trajeto que normalmente gasto 7 - congestionado por estreitamento de pista necessário para detonações subterrâneas - e cheguei ao trabalho.

Som de reformas, forjando notícias "enviadas por internautas", pensando e pensado no sussurro dos astros ao fim de 2005. Insisto: não acredito neles, mas que são espirituosos, não há como negar.

Querendo explodir em uma manhã tão linda?
Regurgite tudo em uma consulta terapêutica online via msn e aproveite o resto do dia com um sorriso.

Sabem o que é sentir ciúmes de um passado que você definitivamente não quer de volta?

Lucasof com cara de Hildegard Angel em peça de Gerald Thomas.

3 de ago. de 2006

Edredom

Sinto falta do seu corpo quente e da sua conversa prepotente nas noites frias.

Sopa.

"(...)Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas

Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas(...)"

2 de ago. de 2006

Considerações a respeito do amor e do Minhocão

A Avenida São João nos meus tempos de solteiro era uma longa e interminável via de sonhos. Eu trabalhava na Senador Feijó, ao lado da Catedral Metropolitana e ao encerrar o expediente cortava a Praça da Sé, entrava na Rua Direita, atravessava o Viaduto do Chá, passava pelo majestoso Teatro Municipal para chegar à Praça da República e encontrar minha namorada, que trabalhava na Esso Standard do Brasil, na Rua Pedro Américo.

Dali até a Avenida São João era um pulo e chegar ao Cine Metro era coisa de alguns segundos. Todo esse trajeto eu o fazia com o coração aos saltos, buscando em cada forma de concreto ou pedacinho de verde um motivo para embalar minha felicidade.

Até mesmo as vitrinas decoradas das lojas influenciavam meu estado de espírito. Você não acredita, mas eu era moço e sua avó também.

Os filmes, geralmente românticos, daquele tempo, eram nosso passatempo e motivo para ficarmos a sós. Os bondes que subiam, contornando a Praça dos Correios e desciam rumo à Lapa, onde morávamos, os bondes abertos ou os bondes fechados mais conhecidos como "camarões", davam à Avenida aquele toque sutil de metrópole tranqüila e inocente, completamente alheia ao reboliço e violência dos dias de hoje.

Não havia o metrô e as greve dos motorneiros e motoristas de ônibus nos obrigaram algumas vezes a caminhar sem pressa, braços dados a caminho de casa na distante Rua Fábia, transportando anseios e desejos que iriam se concretizar tempos depois.

Eram dias de sol e de garoa, que embalavam nossa rotina pela Avenida São João, hoje certamente coberta pela estúpida e falsa idéia do prático e do moderno. Pesa-lhe agora a sombria face do esquecimento, da fealdade, do urbanismo "bancarroto".

O Minhocão, com sua poderosa forma de concreto afrontou todos os conceitos de estética e matou minhas saudades mais preciosas.

Por Saavedra Fontes, o vovô da Fe Fountains.
--
Com saudades do meu dia-a-dia no Minhocão, da correria de TCC + trabalho.
Ontem fiz um ano de iG. De vida renovada. De felicidade na maior parte do tempo.
Docinhos e jantar para comemorar, e depois Saltimbanco, do Cirque du Soleil. Primeira fila da primeira apresentação completa no Brasil.
Lindo, lúdico, encantador.

26 de jul. de 2006

Rock IN a hard place

Direto da Popload, de Lúcio Ribeiro, para me animar muito:

"•Acho que a pancada na cabeça do guitarrista Keith Richards tirou a memória recente do cara, então os Stones resolveram retomar as turnês já feitas. Pode ser que a banda mais famosa do mundo (tirando aquela outra) volte a se apresentar MESMO no Brasil ainda NESTE ano, agora em clubes fechados. No máximo, começo de 2007."

Sua banda preferida sem areia e sem muvuca? Guardando dinheiro desde já e preparando o cheque especial. Vem, vem, veeeeeeemmmmm!

E quando der aquela passada no blog do Lúcio, clica em Sampaist nos Links Amigos, logo à direita.
U-hu!

25 de jul. de 2006

Agonia e êxtase

"(...)Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa. Do brinquedo que a gente não largava. Do acalanto que o silêncio canta. De passeio no jardim. Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um perfume que vem de dentro e que a atração que realmente nos move não passa só pelo corpo. Corre em outras veias. Pulsa em outro lugar. Ao lado delas, a gente lembra que no instante em que rimos Deus está dançando conosco de rostinho colado. E a gente ri grande que nem menino arteiro(...)"

Roubei do blog da Adilia, que achou em algum lugar.

11 de jul. de 2006

Releitura de um testemunho

Conheci a Tati quando as coisas eram diferentes. Éramos pouco independentes, e "abstrata era a idéia do teu ser".

Das horas do intervalo, da primeira linha daquela poesia no colégio em Sorocaba passamos ao bife de sal empanado na casa de Campinas, noites pós-tempestade e a invasão da minha redoma por uma das pessoas que eu mais amo ainda hoje.

Conseguiu escalar o muro, sapeca, e errar por meu íntimo como ninguém nunca antes. Explodimos juntos para a vida, e se não segurei sua mão tanto quanto deveria ou gostaria não foi por falta de vontade. Ingenuidade, talvez. Mania de fazer da ausência meu charme, para que a notassem e assim me quisessem.

Estamos fisicamente distantes, e nossos passeios vespertinos e fugas são raros. Dizer bobagens ao pé do ouvido agora só em poucos momentos. Mas ela está sempre nos meus devaneios, e além de toda admiração e carinho, devo muito do que e de quem sou a ela.


Entendo e apoio suas escolhas todas, me orgulho e admiro cada detalhe seu. Saudades do tempo em que o mundo era a Ose. Éramos eu e você. Saudades de você.

6 de jul. de 2006

A visão do outro

Lucasof, por Adilia Belotti (futura colaboradora do Sampaist com Toques de SampAlma):

"Lucas de Oliveira Fernandes, o Lucasof do msn, é jornalista e quase um recém-chegado na cidade. Deve ser essa estrangeirice que alimenta seu olhar nonsense sobre essa São Paulo cheia de estranhezas, aliás...Está certo que de vez em quando ele precisa passar uma tarde inteira devorando pão quente com manteiga na Padaria Real de Sorocaba, bem longe daqui, mas, cá para nós, ninguém é de ferro e até mesmo os Monty Python deviam correr pro colo das mães entre um absurdo e outro! Por trás deste jeito "como assim?" de ver a vida, no entanto, habita um apaixonado pelos humanos e suas manifestações, que cultiva prazeres simples, como ler, ir ao cinema, andar pelas ruas e outros meio bizarros, como adorar cerimoniais, incluindo aí procissões, paradas militares e pré-estréias de óperas. Detalhe: ele detesta ópera!"

5 de jul. de 2006

tec-tec-tec

O dia em que aparecemos na Folha de S. Paulo:

"tec-tec-tec

São Paulo ganha blog coletivo sobre a cidade


Chegou à rede o blog coletivo Sampaist (www.sampaist.com), que é atualizado diariamente por várias pessoas espalhadas por São Paulo. Nele, o visitante encontra desde dicas e roteiros culturais até notícias sobre a cidade.

Trata-se de um braço da famosa Gothamistllc (www. gothamistllc.com), uma rede internacional de blogs que tem como objetivo oferecer as mais diferentes informações sobre determinada cidade.

O primeiro blog do projeto, que surgiu em 2002, foi o Gothamist (www.gothamist.com), voltado para a cidade de Nova York. Hoje, já são mais de 15 sites que dão informações sobre algumas das maiores cidades do mundo, como Londres (www.londonist. com), Paris (www.parisist. com) e Toronto (www. torontoist.com), no Canadá.

Se depender do modelo adotado por seu irmão nova-iorquino, o Sampaist já nasce com vocação para ser grande. Segundo dados da organização que realiza o projeto, o Gothamist fatura US$ 1,5 milhão por ano somente com publicidade. Além disso, em um universo de 27 milhões de blogs, a página dedicada a Nova York ocupa o 90º lugar no ranking."

2 de jul. de 2006

Eu não acredito nos astros e nem em muitas coisas mais...

Na semana do descarrego, Mônica Horta, astróloga do iG, fala que eu escuto:

"A mistura de energias entre planetas em signos de fogo e em signo de ar, gera uma tensão criativa que cai como uma luva na sua natureza. Você pode ter a impressão que o mundo está cheio de pessoas inteligentes e interessantes. Mas a falta de planetas em signos de terra torna difícil lidar com os sentimentos.

Você pode fazer muito sucesso em todos os lugares que aparecer. Mas deseja uma companhia que entenda de verdade o que se passa com você..."

Tudo bem, vem a calhar. Mais a resposta de minha chefe ontem, no msn:
"percebi...vamos ver se a semana que vem traz uma chuva boa e criadeira para limpar estas coisas....quem sabe?"

Na madrugada de domingo choveu.

O que acontece com meu mundinho que anda tão cheio de sinais (que eu não consigo entender)?
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Sampaist vai de vento em popa e que o senhor o bendiga!


...mas elas acreditam em mim.

26 de jun. de 2006

"O que em mim sente está pensando"

Mudanças, riscos, mudanças, desafios, mudanças. Turbilhão de pensamentos (para variar e ainda bem!).

Penso em amores que não deram certo, e nos porquês disso. Nas histórias que estruturei em minha imaginação, acreditando que eram reais. Nos projetos que não deram certo e pareciam tão viáveis. Nos sucessos e insucessos, nos aplausos que já recebi e nas vaias. Nas músicas que ouço, nos filmes a que assisto, nas notícias que leio e em como as escreveria. Em tudo o que escrevo e o muito mais que nunca escrevi. Em como posso contestar, ajudar, mudar. Sobre o que fica para trás e o que vem depois da linha divisória. No meu caderninho de anotações, na caixa de recordações, na rotineira falta de tempo, nos projetos que quero abraçar. Em como o que escrevo pode mudar, pode influenciar, ajudar, descontrair, provocar, irritar, apaixonar. Em como captar a beleza do mundo em que vivo, mas sem me esquivar de suas injustiças. Em momentos sublimes de convívio com amigos e família. Nos sorrisos, nos olhares, no tempo de distração e de reflexão...

Na vida.

23 de jun. de 2006

Non ducor, duco

Se a vida no iG vai estranha e mutante (embora crescente), mais administrativa que criativa, o projeto paralelo Sampaist vai muito gratificante. Estreamos com "bons augúrios" dos outros blogs da franquia e quase 900 visitantes únicos em apenas 24 horas.

Clique aqui para ler nossa chegada no Gothamist, o "pai de todos"

Aqui o post no "irmão" Bostonist

E aqui no simpático PAlegre

Que venha para se estabelecer e ser sucesso!

21 de jun. de 2006

"A caixa de brinquedos diz de 10 a 14 anos...

Meu querido blog, eu tenho tanto para te falar, mas com palavras não sei dizer. Fim do TCC, Rio, Sampaist, affairs, saudades...todas as fofocas corporativas de Lucasof que desovo em você.

O feriado foi, ao contrário do que costumo fazer e escrever aqui, não pensar e sentir muito! Tempo foi pouco perto da vontade, mas o suficiente para me deixar com um vazio. Mergulhar no universo de outra(s) pessoa(s), fugir do meu cotidiano, esquecer trânsito, celular, trabalho...e dormir abraçadinho.
--
Foi bom saber, ouvir e ver mais sobre você (embora negue que conte ou exponha). Decifrar algumas das suas tantas entrelinhas, gostos, vontades, medos, dia-a-dia, histórias, falhas, talentos, artimanhas, amigos, casos, namoros, infinito e além.

Foi bom compartilhar. Permitir outros mundos. Permitir outras pessoas. E voltar, sabendo bem meu lugar, meu espaço, a distância.

No fim das contas tudo é vaidade. E eu adoro!
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O blog da Tati me deixou melancólico. Não querendo perder tempo. Quero gostar, dizer que gosto, estar junto o máximo possível, construir todas as memórias do mundo, fazer parte. Viver.

...e hoje eu tenho 15"

14 de jun. de 2006

(mais) um jornalista

No fim do meu tcc, Minhocão: a cidade se reescreve, aprovado ontem, está escrito assim:

Obrigado à minha mãe, o amor mais sincero do mundo, ao meu irmão, enfrentando tudo de mãos dadas comigo, ao meu pai e seu espaço conquistado em meu coração, pelo retorno, à Aline, minha cunhada, e seu "amor de forma diferente", Érico, Leandro e Gustavo, amigos da vida inteira, Fernanda Del Vigna e seu eterno bom humor, Victor, pela graça e descontração em tempo integral, Thaís, lado a lado, Verónica, nossa orientadora, por acreditar nesse projeto e direcionar com maestria e carinho, Profa. Dra. Marli dos Santos, por sempre ter visto em mim um colega de profissão e pelas oportunidades, Prof. Dr. Manuel Carlos Chaparro, por tanto ter me ensinado com suas histórias durante nossas conversas tempos atrás, Paula e Carolina, minhas editoras, que aceitaram meus horários e agüentam minha verborragia no ambiente de trabalho, Adília, minha editora-chefe, por mostrar caminhos de forma tão clara, à todos que me suportaram monotemático nos últimos meses e ainda assim ouviram com um sorriso minhas histórias e desabafos, e, é claro, aos “outros três do Minhocão”, Leandro, Fernanda e Mayara, pelas comidinhas durante as reuniões, pelo respeito, cumplicidade, companheirismo, amizade e memórias eternas. Para vocês, ao som de Dobie Gray, “Drift Away”:


"(...)The world outside looks so unkind
Now I'm counting on you
To carry me through

(...)Thanks for the joy that you've given me
I want you to know I believe in your song
Your rhythm and rhyme and harmony
You´ve helped me along
Making me strong

Oh, give me the beat boys and free my soul
I wanna get lost in your rock n roll
And drift away"

11 de jun. de 2006

Buzina, buzina, olha a buzinaaaaaaaaaaa para torcer na Copaaaaaaaaa

Falta muito para acabar?
Desde 6h aquiG no iG, cercado pelo staff de esportes, confessando minha ignorância sobre o tema. Pausa para F1. Tudo sempre igual e sem sal, até as batidas. Tempo feliz de F1 era o GP do Japão, de madrugada, com Nigel Mansell vs Nelson Piquet ou Nikki Lauda incendiando as pistas.
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Maurício, nosso enviado especial para vagar pelas ruas da Alemanha em nome da empresa acaba de ligar. Está infiltrado na torcida de Sérvia e Montenegro para o jogo contra a Holanda, e vai postando no blog.
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Todo mundo da Sérvia e Montenegro chama qualquercoisavic (pronuncia-se vichi, igual o do Circo Stankowich, que tanto alegrou sua infância). Se eles ganharem a Copa, o caneco fica com que país?
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Eu continuo com fé, firme e forte torcendo para Trinidad e Tobago, seleção do meu coração. Confira a escalação:
Goleiros: Kelvin Jack, Shaka Hislop e Clayton Ince
Defensores: Dennis Lawrence, Atiba Charles, Avery John, Cyd Gray, Marvin Andrews, Brent Sancho, Ian Cox
Meio-campistas: Evans Wise, Chris Birchall, Aurtis Whitley, Anthony Wolfe, Densill Theobald, Carlos Edwards, Russell Latapy
Atacantes: Stern John, Kenwyne Jones, Collin Samuel, Jason Scotland, Dwight Yorke, Cornell Glen
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Ontem fui assistir o jogo da Argentina no Mercadão de SP. Cheguei surdo depois de passar pela 25 de Março. Depois comi bem, me diverti. E graças a Deus não sei quem ganhou; sentei de costas para o telão.

9 de jun. de 2006

"When you change with every new day...

Acordei com vontade de Ruby Tuesday. Tomei banho, café com Ana Maria Braga, peguei minhas coisas, o Forty Licks e vim para o trabalho com o som alto e o repeat acionado!
Lembrei da primeira vez que ouvi a música. Não sei se minha memória moldou ou acrescentou alguns fatos, mas o que me recordo é que em uma das nossas garimpadas em sebos, meu irmão e eu encontramos um vinil dos Stones (minha banda favorita, contra Beatles da parte dele). Com a capa em espanhol, “El Saltarin Jack Flash” tinha aquele ruído saboroso na vitrola, e nos primeiros acordes de Ruby Tuesday eu me apaixonei. A letra, a melodia, as lembranças que traz...
Nesse tempo de expectativas, ansiedade, saudades e vontades, uma ótima trilha sonora.
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Hoje começa oficialmente a Copa. E já não agüento mais ouvir falar dela! Vou desligar a TV, fechar os olhos e tomar meu Floratil®, gentilmente cedido por Paula.

...Still I'm gonna miss you"

1 de jun. de 2006

Sopa, TV e teaser

E na novela das oito:

Pobre coitada: O senhor me alivia muito! Enfim alguém vai fazer algo para deter aquele crápula.
Delegado: Imagina, essa é nossa obrigação! Estamos aqui para tranqüilizar e proteger a população.
Pobre coitada: Muito obrigada, delegado!
Delegado: Por nada. Mas acho que seria bom você contratar um segurança particular para proteger sua filha.

Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
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Logo mais!

29 de mai. de 2006

Que rufem os tambores

"Não é o concreto e tampouco o arame do alicerce que compõe o Elevado Costa e Silva. Depois de 35 anos rasgando caminho entre prédios no miolo da cidade, ele passou a ser feito de olhares, interpretações e memórias sobre suas sombras, variação de tons cinzentos, sons, cheiros e texturas."

Minhocão: a cidade se reescreve.
Ficou lindo.
Apreensão. Últimos instantes.

Quando as coisas vão se ajeitando é porque tem que dar certo, não?
Empolgado.

13 de mai. de 2006

You´re my guiding light...

Crescer na casa da não-tão-santíssima trindade foi determinante para moldar, a marretadas e assopros, esta massa amorfa altamente expressiva auto-proclamada Lucasof que sou. Eu, Du, mãe. Como amanhã é, no calendário oficial, dia dela, vale um post. Um longo post.

Véspera de um Dia das Mães que passarei longe, e nada mais claro em minha vida que ter a certeza de que você está sempre ao meu lado, junto, dentro, carregando e empurrando para o mundo, tudo-ao-mesmo-tempo-agora, nesse turbilhão de sentimentos e enorme coração que é.

Workaholic desde sempre, cavocava tempo para ser uma motheraholic. Carregando a mim e ao Du junto para o trabalho, sair correndo, fazer o almoço, comer com a gente e voltar para os negócios. Dar um pulinho na escola nos dias de festas dedicadas a você (“A mamãe não pode ficar muito, mas veio dar um beijo e te ama apertadinho”). Organizar e executar festas de aniversário, almoços, acampamentos e tardes na piscina de casa, com todos os mimos possíveis e nunca sabendo direito o nome dos meus amigos (“Só os de sempre, os outros eu confundo mesmo”).

Seus nãos, bem como os sims, nunca eram decisivos e imutáveis. Tudo era negociável e flexível, se bem justificado. Com os valores sugeridos e bem absorvidos, sempre fiz tudo que quis (“Eu sonhava em fazer essas coisas quando era pequena. Como vou falar não agora? Vá, mas tenha juízo! Lembre de tudo que a mamãe sempre falou”). Por isso sou mimado assim.

As explicações e conversas sobre sexo, drogas e rock´n roll, ousadas aqui, ingênuas ali (“Luquinhas, não me vá tomar bola ou empinar um! Me desespera imaginar um de vocês sendo drogueiro”), mas sempre sinceras e que, sabe lá Deus como, funcionaram muito bem.

Não é difícil lhe deixar chocada. Basta que um de nós saia dois milímetros das margens de indefectibilidade que você arregala os olhos. Ainda que desgostando, luta, algumas vezes desfazendo seus dogmas, para entender as coisas e ver que tudo continua, não havia tanto motivo para alarde.

As broncas mais surreais, os tapas de efeito moral, que nem pensavam em estalar na pele mas doíam na alma (“Olha as coisas que vocês aprontam. To arrasada”) . Os olhares de repreensão, para botar limites. As infinitas conversas para resolver entraves, o seu aprender a se redimir.

As pajelanças nos momentos de doença. Operou o siso? Faz bochecho com Guaçatonga. Dor de barriga? Um chazinho. Indigestão? Boldo. Dor de cabeça? Deitadinha no escuro.

O abraço mais acolhedor, o beijo mais gostoso. O único contato tátil para o qual não tenho ressalvas. Saber como estou só de ouvir o meu alô, ainda que haja 15.000 km de distância entre nós (“Filho?! Você está doente? Vou aí agora!”). Só de me olhar (“Conte para a mamãe, o que está acontecendo? Venha aqui, vamos conversar”).

Como nos apresenta para os amigos: quem somos e o que já conquistamos (“Esse é o Dedé, ele é doutorando em história, tem livro e tudo, e o mais novo é o meu Lulo, editor no iG, aquele da internet”).

As incursões no mundo da musculação, Pilates (“To podre! É um estica aqui, puxa dali. Mas já sinto a barriga mais firminha”), do tomara-que-caia (“Ainda me sinto um pouco pelada com os ombros assim tão de fora”), da internet (“A amiga da sua avó, de 70 e poucos anos, pediu meu e-mail. Não tem como eu ficar de fora...E como mesmo eu aceito alguém no orkut?”) e mensagens pelo celular (“Ai, to adorando!”).

Seus 40 anos de trabalho guerreiro, firme, na mesma empresa, para nos proporcionar sempre do bom e do melhor, seus 30 anos de carta (“Sem bater nem tomar nenhuma multa”), seu trabalho voluntário (“Faz 10 anos que eu faço feijoada para mais de 300 pessoas”), seus dados e contabilidades (Vocês querem parar? Isso foi provado cientificamente!). Suas pequeninices, meninices, fragilidades, grandiosidades e força.

“Crescer dói, Luquinhas”. E ainda assim você sempre fez de tudo para parecer fácil. Peitou o mundo, abdicou da mulher que agora está, a duras penas, aprendendo a retomar, de vontades, rugiu e protegeu as crias que agora estão soltas pelo mundo, não vendo a hora de correr para o seu colo quando podem. Crescer dói, às vezes bastante. Mas eu vou, firme, porque sei que você está aí. E você vai, porque eu e o Du estamos aqui e a vó está lá em cima, olhando pela “coruja” dela.

Não, mamã. Você nunca está longe. É sempre a voz na minha cabeça, a mão que me guia, me ilumina, me dá rumo. É quem me liga bem de manhã quando estou de plantão no fim de semana. Minha vida, meu espetááááculo (“Minhas amigas sempre riem de você falando isso na minha caixa postal”).

Um beijo enorme, te amo apertadinho,
Lu

11 de mai. de 2006

"Guess it's just another dream...

A coisa mais inesperada acontece. Ao melhor estilo “uma nave extraterrestre desceu na minha sacada, eu jantei com ETs e depois eles partiram, de barriga cheia”.
Mexe com tudo, com toda a estrutura dessa minha vida cansada. Dá-lhe remoer, repensar, refletir, rememorar, redefinir. Re.
E sonhar.
E quebrar a cara.
E achar tudo isso uma delícia. E.

Alguns valores mudam, alguns dogmas são desfeitos.
O mouse vai para mão esquerda!

A adaptação tem sido rápida. Alguns movimentos mais precisos ainda são difíceis, mas to insistindo.
Por enquanto não me sinto mais inteligente, nem mais ágil. Espero que eu seja, ao menos, um velhinho sem Alzheimer.
Tomara que eu seja um velhinho. Para roubar os suspensórios do meu irmão.
--
Enquanto isso, msn, com o nick “Lucasof - fanático religioso pseudo-neo-pentecostal”:
Vamos casar e viajar de lua de mel num conversível, com essa música tocando...

...That's slipping away
Each time I fall asleep
It seems I'm just drifting away
Just as yo have touched my heart
Babe, I wake and we're apart
Yeah, and it's slipping away"

9 de mai. de 2006

Cinco de Mayo

Pensei um sem fim de vezes em escrever sobre a Batalha de Puebla no dia 5 de maio. O dia passou, eu esqueci e o charme da lembrança acabou. Em resumo muito sucinto, tratou-se de uma grande vitória mexicana durante a Segunda intervenção francesa no México, em 1862, comemorada todos os anos no feriado de Cinco de Mayo. Outra história que reforça o orgulho patriótico dos mexicanos.
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Quando um amigo teimou comigo que as pessoas liam os textos em blogs e flogs, fizemos uma aposta. Eu escrevi um monte de palavrões ao contrário no meu, apostando que nenhuma pessoa iria notar e aguardamos comentários. Ninguém achou estranho, ninguém comentou nada que não os genéricos de sempre.

A partir daí comecei a escrever as coisas ao contrário. Escrevia a frase do jeito certo e ia, letra por letra, reescrevendo ao contrário. Depois de um tempo comecei a fazer de cabeça, direto. Hoje é automático.

E agora me aparecem com os cartazes de “icniV ad ogidòC O”. Nhé.
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Ontem, seguindo dica de minha editora-chefe para “abrir novos caminhos para as sinapses”, mudei o mouse de mão.
Meus neurônios são uns tapados! Os dedos mexem involuntariamente, uma mão quer se sobrepor a outra, uma confusão.
Seguindo a linha do dono, resistem a mudanças físicas. Vamos ver se acostumo. Novidades em breve.

8 de mai. de 2006

Tudo flui

"Para todos nós, em algum momento, nossa existência se revela como alguma coisa de particular, intransferível e preciosa. Quase sempre esta revelação se situa na adolescência. A descoberta de nós mesmos se manifesta como um saber que estamos sós; entre o mundo e nós surge uma impalpável, transparente muralha: a da nossa consciência.

É verdade que, mal nascemos, sentimo-nos sós; mas as crianças e os adultos podem transcender a sua solidão e esquecer-se de si mesmos por meio da brincadeira ou do trabalho. Em compensação, o adolescente, vacilante entre a infância e a juventude, fica suspenso um instante diante da infinita riqueza do mundo.

O adolescente se assombra com o ser. E ao pasmo segue-se a reflexão: inclinado para o rio de sua consciência pergunta-se se este rosto que aflora lentamente das profundezas, deformado pela água, é o seu. A singularidade de ser – mera sensação na criança – transforma-se em problema e pergunta, em consciência inquisidora."

Octavio Paz, O Labirinto da Solidão e Post Scriptum
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Agonia e êxtase.
Adorando o frio.
Fondue?

5 de mai. de 2006

Ode ao água de tomate

Mais uma incursão multimídia neste retrógrado espaço. Influências do trabalho.

Sem Início Nem Fim – Parte III
http://www.youtube.com/watch?v=vDaKILmkRoQ
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A vida estava corrida, truncada. A auto-estima destruída. Até o domingo, seguido do feriado na segunda. A auto-estima foi aos céus e a vida ficou, ainda que mais corrida, leve, colorida e agradável.
...suspiro...
“Tão longe, de mim distante,onde irá, onde irá teu pensamento...”
Hoje a noite é de saudades.
E Minhocão, claro.

3 de mai. de 2006

Please allow me to introduce myself…

Se o parente do dicionário Aurélio pode abrir sua intimidade em uma revista, justo que Lucasof escancare sua insignificante intimidade assassinando a gramática neste espaço.

PH Amorim ao telefone: “Diz pra ele que é mais importante falar comigo, que estou no iG e tenho 1.7 milhões de unique visitors por dia, do que com Folha e Estado juntos”.
Eu gosto assim! Bota o bilau na mesa e cospe na cara que é fodão mesmo! Inveja.

Sobre o fim de semana mais feriado, teve tudo de melhor na integralidade dessa vida semi-desnatada. Vai demorar para algum outro bater esse em audiência! Ótimo, surreal, agradável, diverso, empolgante, novo, inesperado, carinhoso...completo. E com minha primeira empreitada na home do iG. O poder nas mãos do povo!

Humor do dia por Padre Antônio Viera, no Sermão pelo bom sucesso (mas que suceeeesssso) das armas de Portugal contra as da Holanda: ecce nunc in pulvere dormiam, et si mane me quaesieris, non subsistam.

Por ora é isso. Só para não juntar pó.

…I'm a man of wealth and taste!

26 de abr. de 2006

Mutatis mutandi

"Esse e-mail vai em anexo, porque vai ser grande...

Só li seu e-mail hoje, (a gente se viu ontem), e queria dizer primeiro que você é foda... Nunca abaixa a guarda, é sempre mais frio pessoalmente, por que essa dificuldade de se dar para as pessoas? Eu sou sua amiga!

Foi ótimo na sua casa, mas eu nunca posso mostrar o tanto que estou com saudades porque você não deixa! Pronto, falei.

Lucas e seus amores. Eu tava falando com a Teresa agorinha e dizendo como vocês gostam de sarna para se coçar, né? Ela foi buscar um amor lá longe, e o meu tão pertinho, deu saudades vai e dá um beijinho...

Mas já que é uma coisa tão legal como você falou, então compensa correr atrás, mas você sabe: ação, demonstre, faça graça. Eu fico pasma com a facilidade que você tem de cantar uma pessoa qualquer e com a dificuldade de cantar a pessoa certa. LUCAS, TENHA ALVO!
(...)"
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E no msn, com o nick “de repente um repentista”:

“aproveitando o repente
Eu não sei como é que pode
Eu nao sei como é que pude
Comer caco de vidro
E cagar bola de gude nham nham nham nham (murmúrio natural dos repentistas)”

23 de abr. de 2006

Chi sogna di giorno...

Hoje, ao acordar, sonhei que aparava minhas costeletas e ficava 37 vezes mais bonito. Descoladas do rosto com muito cuidado e acomodadas sobre a pia do banheiro, eram penteadas com precisão e tesouradas fio a fio até assumirem um formato revolucionário. Quando terminado, tomei banho e me senti em paz.
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Agora à noite, me entupindo de gordura, descobri por que como quando estou ansioso. Sei que posso acabar com aquilo tudo, por mais que fique com a sensação de que vou explodir e que minha úlcera derrame tudo em minhas entranhas. Mas, ao fim da derradeira garfada, eu venci aquele prato, aquela panela, aquela embalagem. Eu cheguei ao fim. Conclui. E ganhei. O resto é resto, e que continue. Isso eu já terminei.
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No mundinho do msn:
“A gente devia poder apertar um botão e desapaixonar”

...conosce molte cose che sfuggono a chi sogna solo di notte.

18 de abr. de 2006

Hokum...

Já fui acusado por um ex-affair, que hoje tento transformar em memória, de só assistir blockbusters, os arrasa-quarteirão que buscam encher os olhos de platéias pouco exigentes.

Arte, quando muito, no Oscar® de efeitos especiais. Segundo o site Omelete, “(...) um tipo de filme mais acessível ao público, a mensagem, comum a todos, tem mais abrangência. Afinal, a superprodução tem público infinitamente maior”.

Que nada! Quem disse que blockbusters não têm arte e coisas não tão acessíveis? Tome-lhe V for Vendetta! Agarre-se ao seu combo mega de pipoca com squeeze grátis e siga-me.

O filme é cheio de referências. Umas enormes, outras nanicas. Até para os que têm mais bagagem estilo diplomata, que sabe pouco sobre muito, algumas coisas passam em branco. Para que preocupação com outra coisa que não referências?

A trama não chega a ser uberssexual, mas, como bom filme “moderno”, tem homossexualismo e lésbicas que usam Levi´s. Na trilha sonora, Overture 1812, de Tchaikovsky, e uma Jukebox Wurlitzer que canta "Cry Me a River", Julie London. Tem a cabelosdeCher Cat Power também. Aos que conhecem a historia e um Museu/Memorial do Holocausto, o ditador Big Brother hitleresco, as valas comuns e a cena no museu ficam de fácil digestão. Uma rápida passada em Retrato de Giovanni Arnolfini e sua esposa, pintado por Jan van Eyck.

Muitas coisas. Propostas e questionamentos também. Mas esses eu não enxerguei...Curiosidade? Atores Stephen Rea e Stephen Fry. Cabalístico.

Agora vou ligar para o Hora Certa Telefônica, pois explodiram o Big Ben para encerrar o filme. Sobem créditos ao som de Street Fighting Man, Rolling Stones. Sacada invejável.

PS: Se falo sério? Óbvio que sim. Sempre.
PS2: Lembrei do Kurt Geron.

...ou por que assistir V de Vingança.

17 de abr. de 2006

Minhocando

Quem, por que e a partir do que a memória é produzida? A referência à memória nos remete à idéia de esquecimento: o que queremos lembrar? De qual forma queremos lembrar? O que nos é permitido esquecer?
E todo exercício de memória é um ato do presente: olhamos para o passado e as coisas são re-significadas para atualizar e instituir concepções sobre um determinado período.

Querendo apenas boas memórias. E que, ainda assim, elas não me assolem. Não agora.
Respiiiiiiira.

15 de abr. de 2006

Comidinhas na Panelinha

Do rendez-vouz culinário durante o feriado na casa do Bob pai:

“Introduza uma das antenas da lagosta pela cauda até à cabeça, faça uma rotação ligeira e rapidamente puxe a antena. Tirada, desta forma, a tripa, deixa a lagosta sangrar para um tacho com dois dedos de água. Depois de bem sangrada, imobilize-a com a ajuda de um pano e corte-a pelos anéis. Em seguida, corte as antenas, as patas e as pinças. No sentido vertical abra a cabeça da lagosta, retire o saco cinza e aproveite todo o recheio, bem como o líquido que ficar na tábua (...).

Nota: Para que esta receita resulte em pleno é necessário trabalhar a lagosta bem viva. Processo cruel que tenderemos a desculpar e a esquecer, no momento em que a primeira garfada deste fantástico hino gastronômico nos inunde as papilas gustativas e a alma.”

Receita de Lagosta Suada à Moda de Peniche, IN Franscisco Guedes, Receitas Portuguesas: Os Pratos Típico de Todas as Regiões.

PS: Não, não fizemos lagosta!

12 de abr. de 2006

Mind guerrilla

"Dia 07/04/06 (sexta-feira)
iG Jovem teve a melhor marca desde abril/2004, com 68.788 Unique Visitors."

Não interessam os métodos de guerrilha. Só a vitória!
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Enquanto isso no msn:
"minha vontade é de matar a mulher q pariu aristóteles"

10 de abr. de 2006

Versão Marshmallow

Quem dubla o polêmico e excomungado (e stylist) padre Pinto no altar é a Senadora top Heloísa Helena?
Quero os dois discursando no meu casamento.
--
Preciso de um personal ombudsman.

8 de abr. de 2006

Dancing with myself

Sexta à noite (ou começo de sábado), Lucasof maquinando sobre o Minhocão. Pausa para o blog.

Mônica Bergamo também notou os cestos de mini-sanduiches na Daslu. Mas ninguém falou do café e das colheres de prata. Trouxe uma. Era brinde?
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0704200614.htm
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Eu não gosto de arroz e feijão, de guache e da Bjork. Alguém explica porque é justo ela que faz questão de irromper minha vida adentro pelas portas menos indicadas?
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Uma amiga, essa sim jornalista de verdade, está tomando um remédio que é a cara da profissão: Fasulide.
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Muuiitto obrigado Rita, que me deu o abridor de garrafas mais legal do mundo!
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Vídeos incríveis de um ser idealizadamente idem:
http://www.youtube.com/watch?v=7ur-WBRHhxs
http://www.youtube.com/watch?v=KDf4Pnw0ngQ
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Chega de pílulas. Volto ao Minhocão.

6 de abr. de 2006

Meninos do Tráfico no alto da Daslu

No enorme salão de mármore do terraço da loja de luxo Daslu, jovens com rostos omitidos caminhavam, com armas nas mãos, por becos escuros contando suas vidas no mundo do tráfico brasileiro.

Quando encerrou-se a projeção de trechos do documentário Falcão - Meninos do Tráfico, do rapper MV Bill e do produtor Celso Athayde, as luzes foram acesas para que todos os presentes, uma mescla surreal de pessoas da “comunidade” e hip-hopers com socialites e jornalistas começassem um debate com MV Bill e o rapper Aliado G, apresentado pela ex-MTV Astrid Fontenelle e mediado pelo editor Paulo Lima.

No final das contas, toda a explanação sobre o que motivou a produção, as dificuldades, o feio e sujo foi ofuscada pelo inevitável e latente. Uma das convidadas pergunta se MV Bill não acha estranho falar sobre chegar em casa e não ter o que comer justo ali, onde serviam-se sanduichinhos bem-recheados.

O rapper contornou a situação dizendo que o documentário deve, sim, ser exibido para os ricos. O pessoal da comunidade está acostumado, pois vive aquela realidade. A classe-média desliga a TV aos domingos tranqüila com o fim de mais um capítulo daquela série com atores anônimos, da qual “qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência”. A platéia do evento é que precisa de ânimo, talvez um pouco de choque - medo também? - para promover mudanças que estão ao seu longo alcance.

Outra convidada, uma moradora da comunidade Coliseu, retruca, contando que Eliana Tranchesi, dona da Daslu, entrou na favela sem seguranças, conheceu barracos, elogiou a limpeza e disse que se tivesse que limpar sua casa sozinha e trabalhar, ela não seria tão limpa como aquela, de madeira e plástico fincados no barro. Pobre, mas limpinha.

Uma senhora de busto balouçante grita, cuspindo Botox, “viva Eliana!”, ao que todos seguem com palmas acaloradas.

Depois disso, não demorou a terminar o debate e começar a circulação dos convidados das promotoras e das supridas pelo suposto tráfico de roupas.

Uma repórter da Globo aborda uma pessoa que está com o livro em mãos e pergunta se tem como comprar alguma coisa na loja depois de ouvir tudo aquilo. “Não, claro que não. Agora é hora de refletir”, diz a moça, agarrada ao exemplar e com as bochechas vermelhas emolduradas por lindos brincos em cascata by Tiffany & Co.

Em seu autógrafo, MV Bill, o Mensageiro da Verdade, consegue, enfim, retomar sua proposta: “Para o Lucas, um abraço do MV Bill, por um Brasil melhor”.

PS: A Daslu, preocupadíssima com o mundo ao seu redor, formou uma parceria no final de 2005 com a ONG CUFA - Central Única das Favelas.

31 de mar. de 2006

Lucy in the Sky with Diamonds

Subiu o nosso astrocosmonauta Marcos Pontes ao espaço (não, ele não foi para a internet. Ele foi, vivo, para o céu)! E o Brasil finalmente foi, de vez, para o espaço!

O meio de transporte é uma nave que parece um dardo, a Soyuz TMA 8, e ficava guardada em um galpão destelhado no Cazaquistão. Foi lançada dia 30 de março de 2006, da mesma plataforma de onde partiu Iuri Gagarin, em 1961.

Se um carro com 15, 20 anos de uso já está caindo aos pedaços, imagine um monte de aparatos espaciais com 40 e tantos!

Na bagagem de astronauta tem bandeira e camisa da seleção e um chapéu panamá igual ao do Santos Dumont. Esse é dos meus, adora uma quinquilharia! Vai pro espaço? Leve apenas o necessário e imprescindível: um chapéu e uma camiseta, claro.

Para provar que é brasileiro mesmo, o moço vai fazer um roçadinho de feijão lá no alto e oferecer aquela feijoada para os amigos russos.
Segundo depoimento de Mauricio Turma da Mônica Sousa, "Pontes sabe tudo, mas não deixa de ser o brasileiro ingenuamente deslumbrado e simpático".

Eles ficaram dois dias, quatro horas e treze minutos imóveis ao sair do chão. Para resistir tanto tempo na mesma posição, fizeram, antes de partir, uma lavagem no intestino e na bexiga. Duvido que tenham escovado os dentes.
--
Romantismo nos meus tempos é meiar um doce na balada e brindar cruzado com Ayuasca. Sucesso!

25 de mar. de 2006

Good day, sunshine!

Sábado, seis horas da manhã. Amenos 22º C na capital paulista.

Uma redação. Dois peões. Três funcionários da faxina, um deles batendo vigorosamente, um por um, os trinta teclados na bancada laranja, para extrair de suas entranhas todos os cabelos, pêlos, restos de comida e animais silvestres.

Um pote de água sanitária, maximizando meu estado de torpor e facilitando minha conversa com o mamute azul.

Sete televisões, uma delas obviamente ligada na “segunda etapa da última prova do líder” do BBB6, onde eles reclamam de “tanto sofrimento” e passam mal com tamanha provação.

Um rádio, na CBN. Vozes amenas. Sono.

O vizinho workaholic chega de helicóptero no conglomerado ao lado.

Dois aparelhos de ar-condicionado. A civilização começa aos 19ºC. Acima é barbárie.

Uma enceradeira do tempo em que a White Westinghouse era gerida pelo severo marido da senhoura Leite Moça, irmã do palito Gina.

Na pracinha da Amauri, em frente ao prédio onde a cena se realiza, um rapaz munido de uma moto-serra , com notável vocação para Jason Vorhees, tenta arrumar (ou destruir de vez) o moderno e nada funcional portão de metal.

Ao meio-dia, uma voz me resgata, parafraseando um ministro, da quinta camada do Inferno de Dante, o Alighieri e salva o dia com um golpe de capitalismo:

- Vamos pedir Mc?

Sorrio e respondo:

- Sim, um Mc Lanche Feliz com a Dorie, do Nemo.

Super Size Me, é claro.

E um pingo de leite em minha quente água, se lhe agrada.

24 de mar. de 2006

Fim do perímetro urbano

Não é fácil abrir mão, deixar partir, terminar, não ser único, querer mais, ser/estar/ficar sozinho...
Mas devo assumir que ainda prefiro isso tudo, junto e dolorido, a quebrar a cara pela mesma coisa duas vezes.

Fica o que tem de bom, o carinho, amor (seja lá isso o que for), bons momentos.
Vão as possibilidades, algumas vontades.

Mas uma hora há que se fazer escolhas, e as minhas tendem a ser drásticas. Pudesse administrar tudo de maneira a ter sempre e só o melhor das coisas, das pessoas.

Terminar é brusco. Sufocando. Não sei (mentira) definhar relacionamentos (embora seja bom em desfibrilamentos). E esse já teve idas e vindas, altos e baixos mais do que posso agüentar sem despedaçar-me.

O ano desembestou no trabalho, nas amizades, desanuviou com o pai. É justo que algo cutuque a alma. Como adiantaram os astros!

“Mais ne prenez pas le deuil
Ça noircit le blanc de l'oeil
Et puis ça enlaidit”

Agora vai!

PS: http://eueasmulheres.blig.ig.com.br/#post_18438298

16 de mar. de 2006

“Nuestras horas son minutos...

Meu querido blog, há quanto tempo não lhe tenho tempo.

Muito trabalho, muito TCC. Há um Minhocão me possuindo entre um iG e outro.

Quando não, assisto Filhos do Carnaval, no HBO. Tudo por causa de uma das cenas finais do primeiro capítulo, que assisti por acaso, na qual três dos quatros filhos deixam clara sua origem em comum e as diferenças acentuadas entre cada um. Muito boa. E uma cuspida em Avassaladoras.

Do encarnado Sábio da Folhinha, uma dúvida plantada: como pode o inferno serem os outros (Jean Paul Sartre, Entre Quatro Paredes) se o outro não existe (Antonio Machado, abrindo O Labirinto da Solidão e Post Scriptum)?

Dã.

Galo que muito canta está dormindo quando amanhece.

...cuando esperamos saber,
y siglos cuando sabemos
lo que se puede aprender
(...)
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar”

7 de mar. de 2006

3 de mar. de 2006

Sábio da folhinha

Por isso que chocolate é a solução para a humanidade. Principalmente porque você não precisa ficar abraçado com a embalagem.

28 de fev. de 2006

Saudades e cinzas foi o que restou

Depois de 15 dias trabalhando sem parar, lá vamos nós para mais um post. Vindo para o iG esses dias todos eu me sinto em Vanilla Sky. Tudo vazio, as ruas vazias. Eco, eco, eco...Até o Ecco (dã).

Na passarela do samba, Gaviões. Ah, Gaviões. Sempre fazendo meu carnaval um pouquinho mais feliz. Depois de perderem a carta de motorista de carro alegórico por dirigirem embriagados e botarem abaixo o relógio do sambódromo, esse ano liberaram a cota de patrocínio para o pessoal dos geradores e resolveram sambar um pouquinho além do tempo. Um sucesso. Nota: deeeeeezzzzzz! Na segunda divisão, claro.

É só. Mais nada de fofocas, nada de falácias, de reflexões. Meu cérebro saiu para sambar! E meu corpo aproveitou para dormir. Eu até gostaria de acompanhá-lo, "mas é carnaval, não me diga mais quem é você..."

Só nos resta a Páscoa e o jejum da quaresma.

Agora vou rodar igual a ala das baianas para ver se caio zonzo e durmo mais um pouco.

Divirtam-se todos, que eu vou sonhar que estou me atracando aos avisos da Organização Mundial da Saúde, bordões, jargões, marchinhas, sambas e mulatas. Porque de branca já chega minha barriga!

22 de fev. de 2006

Story to remain untold

A tarde prometia chuva. A noite foi amena e incrível.

Quando o vento soprar e arrepiar, abrace seu irmão & for the reverend Martin Luther King, sing: “free at last, they took your life, they could not take your pride”

Como foi Lucasof ao som de One? Segredo. From the cradle to the grave.

Para temperar, ver Quincy Jones fazendo xixi.

--

Show do Oásis no “Complexo do Credicard Hall (Área ao Ar Livre)”.
Área esta com divisões em amarelo para estacionamento de veículos e algumas marcas de óleo pelo chão. Muito semelhante ao complexo do Carrefour ou do Shopping Center Norte, mas lá eles levam o estranho e diferente nome de estacionamento.

20 de fev. de 2006

El angel del Cabare

- Alô?
- Quien abla?
- Quer falar com quem, heim?
- Holla, soy yo, cariño, desde Mexico!
- E quem é Jô, com carinho? Nunca tive no México pra te conhecer desde lá!
- Soy yo, como estás? No te recuerda?
- Que? Eu que não conheço nenhuma Jô, muito menos pra dar corda. Tchau.

18 de fev. de 2006

Non ti scordar di me

Trabalhando mal-dormido pós-aniversário. A comemoração começou quinta, em mais uma orgia gastronômica com os amigos capitais no Outback, com direito a sobremesa no Mc.

Ontem, dia oficial, teve festinha na firma, com bolo coberto com brigadeiro e uma vela que parecia um foguete de São João.

Em seguida fui ao cinema, assistir Match Point, do corujito Woody Allen, que já abriu os olhos depois de dirigir no escuro e manda bem nesse filme. Com direito a caipirinha, Diários de Motocicleta, a bola que não cai, a aliança que cai e mais um sem fim de sugestões. E ópera. La Traviata, que puxa A Dama das Camélias, que puxa tragédia que se ajeita (ao menos para uma das partes) no final, que puxa colegial e José de Alencar. Urgh.

Hoje, sábado, manhã, estou aquiG, de plantão. A TV ao meu lado no iG tem pague-pra-ver do BBB 5 (A maldição de Jason Voorhees). É diversão a valer nonstop. Enquanto trabalhava, poucos instantes atrás, pude contemplar um moço sentado durante 30 minutos embaixo do chuveiro, com água caindo. Haja desperdício! Salvem as baleias e os pingüins e a água doce (que é insípida)!

Na lógica da "Teoria dos Seis Graus de Separação”, descobri que estou muuuito mais perto do que imaginava do Tristão de Athayde.

O pecado mora ao lado e o inimigo é íntimo.

Mesmo já tendo visto Stones e com ingresso pro U2, estou com inveja de quem foi pro Rio.

15 de fev. de 2006

Lucharemos...

Reunião de todo o staffsil Telecom hoje, para sabermos que o iG estará lançando amanhã, às 21h, ao espaço virtual, sua nova home, junto com o fantástico mundo do gerúndio. Tudo culpa do Geraldo Vandré.

Para logo mais: ouvir os lelelelelele dondondondon do João Bosco na gravação do seu dvd ao vivo no auditório do Ibirapuera ou ir para a House of Erik!a (ralho que nome mais estúpido) escutar os agudos de Vanessa da Mata, que é neguinha? O barato é grátis.

E tem Videobrasil no Sesc. Salve Nam June Paik. Quem?! Ele mesmo, o da tartaruga TV. "A arte é pura fraude. Você só precisa fazer algo que ninguém tenha feito antes”.

O certo é a janta a dois logo depois. Está aberta a temporada de comemorações do meu aniversário e de fazer valer as palavras de Andrew Strong.

Hoje não circulam placas com final 5 e 6.

...hasta anular la ley.

Kantuta

Por que eu consigo discutir com a Fê sobre Lynch e não brigar? Algumas coisas são tão mais simples. Ou deveriam. Não gosto de feijão e arroz porque não me apetece. Experimento? Vez ou outra. Não acho tão ruim, mas prefiro não. Que tem?

E você com as colunas sociais?

Além das TATU, quem mais já desassumiu publicamente sua homossexualidade? Não falo sobre rumores. Não gosto delas também.

Cansado. Feliz.

Ganhei presente do meu irmão e da minha cunhada hoje, porque fui contratado. O livro Sozinho na Cozinha, com um cartãozinho:
“Para um homem solteiro, independente, empregado, de bom gosto, com muitos amigos e um salário digno!
Parabéns, acreditamos muito em você!
Beijos com carteira assinada,
Du e Lin”

Alguém topa jantinha em casa, com gororobas manufaturadas por este que lhes escreve (vez ou outra, é verdade)?

“My funny valentine
Sweet comic valentine
You make me smile with my heart

Your looks are laughable
Unphotographable
Yet you’re my favourite work of art

Is your figure less than greek
Is your mouth a little weak
When you open it to speak
Are you smart?

But don’t you change one hair for me
Not if you care for me
Stay little valentine stay
Each day is valentine’s day”

My Funny Valentine – Com Chat Baker, se lhe agrada.

Só.

9 de fev. de 2006

Silenzio, no hay banda...

Acabei de assistir ainda outra vez no Telecine Cult – porque todo mundo quer ser – o filme Mulholland Dr, aka Cidade dos Sonhos (não, Lucasof. Rua das Ilusões é 8 Mile. Que também não é The Green Mile) do David Lynch.

Continuo achando muito parecido comigo: um conglomerado de coisas que ignora a linearidade temporal, “polvilhada por flashbacks e flashforwards, visões, pesadelos, sonhos dentro de sonhos e abstrações sem aparente resolução” que culmina em um exibicionismo nonsense.

Tudo bem, eu exijo que um filme não gere estranheza e dúvida, mas aceito sem franzir as sobrancelhas a abstração da música.

Se eu não entendi? É provável. Assumir isso? Jamais!

“Quero que pense e pare de bancar o espertinho. Você pode fazer isso por mim?”

O que o filme tem de bom, indubitavelmente, é o Angelo Badalamenti. Além da trilha sonora, ele mostra as abençoadas orelhas afinadas e manda ver no papel de Luigi Castigliane. No curriculum carrega o som de The Beach, Twin Peaks, Blue Velvet (muuuiiitttoo bons)...e Dark Water, do Walter Salles.

E a Globo vai re-reprisar No Vale a Pena Ver de Novo de Novo a terrível novela A Viagem, com o ator chato Guilherme Fontes, do imaginário filme Chatô. Além da audiência que promete para o horário dona-de-casa-fã-do-Chico-Xavier-criança-que-não-tem-o-que-fazer-e-nem-tv-a-cabo, deve gerar alguma receita com os direitos de imagem para os membros do elenco.

Espero que isso o ajude a devolver os R$ 35 milhões que deve aos cofres da União.

…il n'ya pas d'orchestra. It's only a tape.

7 de fev. de 2006

Sounds os Silence

Hoje e ontem e amanhã não estou com vontade.

Então, vamos de Mônica Horta: "Hoje o amor pode fazer exigências contraditórias. Você sonhará com alguém que ao mesmo tempo desafie a sua inteligência e atenda à sua necessidade de carinho e aconchego..."

"All alone but too afraid to love..." - Andrew Strong

Riso descontrolado.

postpartum blues

Adendo: "O traço do amor que os une e o depoimento do seu irmão foram para tocar pedras empedernidas. Se seu irmão tivesse feito o mesmo discurso diante de Pilatos, Cristo e Barrabás há dois milênios, com certeza todos os judeus teriam se convertido e Cristo não teria morrido"
Leandro Karnal, chefe do departamento de História da Unicamp

31 de jan. de 2006

É tudo mentira...

Caso todo o estudo proposto no post anterior falhe, o que é praticamente impossível, desengavete rapidamente o plano B: a vida paralela.

Todo mundo tem um ser, à sua imagem e semelhança, que habita um imaginário - mas não tão distante - mundo perfeito. É aquele astro de rock que toca guitarra descomunalmente bem enquanto você manda um air guittar de cueca na frente do espelho, ou aquele que foi diversas vezes a Paris, só para espairecer, enquanto você enche a cara sozinho no boteco xexelento da esquina.

Com o devido embasamento, apodere-se das histórias dos outros e conte-as com você no lugar do protagonista. Invente fatos mirabolantes, que beiram o incrível, e salpique detalhes ínfimos para não gerar desconfiança.

Decore alguns nomes de lugares, pesquise cafés e dicas de cada cidade. Veja muitas, muitas fotos.

Fale sempre com naturalidade. Diga que não vai ao show dos Stones porque já assistiu a diversos em outros países. E quem aqui não tem dinheiro e se borra de medo do Rio?

Melhor: tranque-se na sua casa, assista pela televisão, de olho nos detalhes, claro. Leia todos os jornais no dia seguinte e "retorne" para sua cidade feliz e jubilado por tê-los visto ao vivo.

Não esqueça das vezes que experimentou taças e mais taças de Chateau Latour de diversas safras, em uma degustação vertical, e dirigiu um BMW Z4 a mais de 250km/h em Interlagos. Tudo graças a alguns amigos incríveis e desmiolados que você tem.

Ah, já pulou de bungee jumping e achou bem menos emocionante que saltar de pára-quedas.

Tudo pode seu outro eu. Aposente essa lástima com a qual todo mundo convive e seja possuído por este incrível e multifacetado ser.

Minta e acredite na mentira, porque assim ela logo vira verdade. Floreie, acrescente, dê um toque de arte e classe em suas histórias.

Afinal, quem é que classifica o que é ou não verdade?

...e daí?

25 de jan. de 2006

Viva o Kitsch...

É fácil ter sucesso e tornar-se um referencial. Mas talvez não seja para qualquer um, por um simples motivo: é preciso ter uma cara segura e certa. Nada de semblante macambúzio ou olhinhos de quem titubeia. Vista-se de onipotência e vamos lá! Depois, basta saber cinco coisas sobre assuntos chaves. Aqueles dos quais todo mundo fala onde e quando quer que seja.

Saiba o nome de grandes escritores, de países diferentes e os livros que escreveram. Calma, não precisa ler. Mas memorize o assunto, a época e o personagem principal. É sempre bom conhecer a marginália, a vanguarda da literatura, quem vem e a que vem – isso você encontra facilmente em cadernos de resenhas – e decorar uns dois poemas para ocasiões ligeiramente piegas.

Faça o mesmo com a moda. Estilistas famosos, iniciantes, irreverentes. Cinco nomes de tecidos, cinco modelos de roupas.

Com pintores. Nomes que são ícones, um quadro de cada. Técnicas mais pedidas (tudo bem, pode saber apenas duas, porque ninguém sabe mais do que isso), Escolas e temáticas. A lógica também pode ser inversa: parta dos quadros e vá até os pintores.

Esse sistema é infinito e facilmente adptável. Serve para bebidas, carros, esportes, cinema, entretenimento, moda (hoje em dia, moda é uma das mais aclamadas formas de expressão artística, oras), palavras e expressões de outras línguas (crème de la crème, avant garde, beatnik), astrologia, astronomia, alergia, agronomia...

Jamais diga que não entendeu algo! Quando não gostar, adjetive negativamente, de maneira sutil, mas nunca despreze. Diga frases como “a arte, às vezes, é apenas para quem faz”, “devemos notar as sutilezas”, “ah, mas há muitas coisas implícitas”, “note as entrelinhas”, “hoje parece tosco e ordinário, como diz a crítica – nunca você! – mas logo será aclamado como genial e ousado”, e por aí adiante.

Imagine-se tomando um Dry Martini com amigos e dizendo que aquela luminosidade típica da Toscana faz com que você sinta-se imerso no universo de Fellini. Dê um gole e mude de assunto, porque todo seu conhecimento sobre Itália, bebidas e cinema acaba aí. Mas quem sabe disso? Enjoy, mon charmant petit ami.

Momento de tensão: não sabe absolutamente nada sobre o assunto em pauta (todo mundo está sujeito a esse terrível momento)? Nada de suar frio ou fazer cara de São Sebastião tomado por flechas. Dissimule, mude de assunto, faça cara de enfado, aposte no blasé básico.

A mensagem é escrita? Que o Senhor bendiga o Google e o Word.

Ouse citar o Pequeno Príncipe e alguém lhe dará um tapa – de luva de pelica – na cara. Ditados populares causam asco. Deixe a função de Sábio da Folhinha para outro. Ande sempre como se fosse o mais feliz do mundo e estivesse em um eterno desfile. Um brinde (e nada de fazer “tim-tim”) ao reconhecimento de uma farsa brilhante.

Afinal, quem garante que foi mesmo Leonardo quem pintou a Monalisa?

...de alho-poró com queijo. Não? Errei? Sorria, charmoso, e diga quão salutar é um gracejo para descontrair. Arrivederci.

24 de jan. de 2006

Enquanto isso, na coluna Gloss...

E se você é ativista do PETA, não vá assistir “As Crônicas de Nárnia”. Muito casaco de pele!

Relendo latino-americanos

"O outro não existe: esta é a fé racional, a crença incurável da razão humana. Identidade = realidade, como se, afinal de contas, tudo tivesse de ser, absoluta e necessariamente, um e o mesmo. Mas o outro não se deixa eliminar; subsiste, persiste; é o osso duro de roer onde a razão perde os dentes. Abel Martín, com fé poética, não menos humana que a fé racional, acreditava no outro, na "essencial heterogeneidade do ser", como se disséssemos na incurável outridade que o um padece"

Antonio Machado, abrindo O Labirinto da Solidão.

Encerrando esta temporada

Dos corredores da SPFW: um dos muitos aspirantes a modelo, andar cambaleante, para, arregala os olhos em frente a Costanza Pascolatto e grita: "Meus Deeeuusss, você não morreu! Me dá um beijo e um autógrafo, Bia Falcão! Eu amo a Belíssima!"

23 de jan. de 2006

A Fantástica Fábrica de EntreteniGmento

Fizemos uma enquete no iG sobre a calça “Sexy” que a Zoomp lançou na coleção passada. Os e-mails que estão me enviando sobre ela são ótimos. Sintam o gostinho (na íntegra, sem edição ou correção):

“- As vezes eu acho que estou sonhando um sonho de terror, não consigo acreditar que os seres humanos chegaram a esse ponto.
- As vezes a gente fala algumas verdades e acabam nos apontando como preconceituoso, mas no mundo da moda, quem dita as regras são os estilistas e a maior parte destes estilistas são gay ( nada contra ), e acabam ditando modas do tipo feminino para os homens usarem, ou......... até quem sabe modelitos para que os Gay suspirem quando ver um homem passar com esses tipos de calça.
- Repito novamente, eu não sou preconceituoso , mas esse tipo de calça é ridículo e só Gay é que usará, assim como eles inventaram esses penteados horroroso que os homens estão se utilizando , de colocar Pierce, brincos, tatuagem no corpo, etc..., eu só fico pedindo a Deus que me leve o mais rápido possível deste mundo, porque é ridículo alem dos seres humanos serem violentos, cruéis, ainda tenho que ver homens ou melhor, seres humanos usando tudo quanto é tranqueira, só me pergunto, cadê os valores morais e éticos que Deus nos deixou na Bíblia????
Pelo Amor de Deus, não tenho nada contra quem quer que seja, só não concordo com a forma que os seres humanos estão se prostrando no mundo atual.

Wilson Bobbio”

Veja a nota no site e mande seu e-mail!
http://delas.ig.com.br/materias/351501-352000/351517/351517_1.html

22 de jan. de 2006

Ser um homem feminino...

Bate-papo com Paula, uma das patroas, durante o plantão do fim de semana: “O iG tem alguma coisa com amendoim. Deve ser uma impotência sexual mal-resolvida. Tudo quanto é evento tem amendoim! Cumbucas, tigelas e vasilhas gigantescas de amendoim!”

SPFW: Para quem sempre disse que André Lima fazia as mulheres se vestirem com tapetes, trapos e estopa, o desfile de ontem foi um fenomenal cala-boca. Calei. Agora ele vestiu as mulheres de macumbeiras estampadas (ok, sempre as mesmas estampas) e fez um desfile incrível. Qualquer semelhança com uma parte da Neon é mera coincidência (de estampas esquizofrênicas). Mas bonitas ambas. Nesta temporada, ele sai pisando o tapete vermelho.

Eu também posso pagar de Glorinha Kalil!
Ora, façam-me um favor...
Agora vou jogar um futebolzinho e beber com os amigos.
(som de cuspida)

...não fere meu lado masculino.
Mas nada de usar saia!

21 de jan. de 2006

De Sorocaba para o mundo...

“Ícones do rock no desfile de inverno da Ellus, ontem no SPFW, a banda indie Wry ganhou destaque instantâneo no universo da moda. Nascidos em Sorocaba, no interior de São Paulo, há mais de dez anos, atualmente os rapazes moram em Londres e caíram nas graças do underground e da crítica local. Seu quarto álbum, Flames in the head, foi lançado há pouco tempo pela gravadora goiana Monstro.
http://chic.ig.com.br/materias/351501-352000/351662/351662_1.xml
In the hell of my head, que você ouve agora, faz parte do disco.”

Eu vi esses meninos crescerem!
Não, não carreguei no colo, mas tenho o primeiro cd autografado e lembro quando o Lu Marcello era técnico da “sala audiovisual” do meu colégio.

Indie hype com cor local.

...Here Comes The Wry.

19 de jan. de 2006

Indústria do entretenimento

Ontem escrevi uma matéria sobre sucos para o site Delas.com.br. Leiam dados da pesquisa que eu realizei:

“O farelo de aveia é fantástico para dar volume e fluidez fecal, além de ajudar na eliminação de gorduras nocivas como colesterol e triglicérides”.

Traduzindo para a linguagem do site:

“Amiga, seu cocô vai ficar uma beleza, um bolo lindo e firminho! Tire uma foto e mande para a redação. O mais fofo e rígido ganha uma camiseta”.

Para melhorar o trânsito intestinal, nada como dar uma buzinada antes de sair.

Jornalismo, que nada! Eu trabalho é com entreteRnimento!

E hoje tem baladiGnha. Open bar e salve a bagaceira! Adoro essa firrrma.

PS: Sobre a SPFW, só tenho a dizer que adoro dragée com Stella Artois.

18 de jan. de 2006

"Hoje o samba saiu...

Você sai e deixa a toalha molhada, o vidro de xampu ao contrário e um sem fim de sinais de sua passagem, como quem diz “eu volto logo”. E a briga das sinapses é árdua para me convencerem de que eu quero o contrário.

“Por muito tempo achei que ausência é falta
E lastimava, ignorante, a falta
Hoje não a lastimo
Não há falta na ausência
A ausência é um estar em mim
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços
Que rio e danço e invento exclamações alegres
Porque a ausência, essa ausência assimilada
Ninguém rouba mais de mim”

Ausência – Carlos Drummond de Andrade

...procurando você"

16 de jan. de 2006

O dia em que meu irmão atirou-se no sagrado matrimônio...

É difícil tentar colocar em algumas palavras, sem ser chato para os outros, todo o turbilhão de emoções que toma o coração numa hora dessas. O jeito foi passar algumas noites em frente ao computador, sozinho na casa de São Paulo, ao som de Two of Us, dos Beatles, para que a coisa fluísse.

Grandes eventos, por assim dizer, como o de hoje, sempre acabam fazendo com que rememoremos uma série de coisas. E lembrar do meu convívio com meu irmão é de fazer brotar um enorme sorriso.

Ele está presente nas lembranças, nos escritos, nas vontades, nas orações, na mesa de trabalho, nos momentos de raiva, nas conquistas...Em toda a minha vida.

Nós sempre fomos tidos como exemplo de relacionamento entre irmãos, mas só os que conviveram conosco sabem de fato quão grande é o amor que sentimos um pelo outro e como somos grudadinhos.

O Du foi meu nenê nas brincadeiras da infância, foi meu exemplo durante a escola, foi meu pai, papel pesado, enquanto o ator principal estava de férias, foi meu amigo e compartilhou comigo os dele, meu protetor, meu orgulho, um sem fim de adjetivos. Meu irmão.

Quando ele mudou para Campinas e deixamos, pela primeira vez, de dividir um quarto, uma casa e uma cidade, achei que as coisas poderiam esfriar. Mas não. Aprendemos a valorizar ainda mais o tempo juntos.

Foi nessa cidade, para a qual ele correu com o intuito de fazer história, em vários dos sentidos dessa expressão, que ele encontrou a Aline.

E ela, tão pequenininha, dobrou o menino que sempre bradou que não iria casar. Ao invés da megera que rouba o irmão, ela acabou sendo voluntariamente adotada como minha segunda irmã, porque o posto de primeira é da Tetê e ninguém tira.

O desenrolar disso tudo continua aqui, hoje, no casamento dos dois. Sob olhares atentos, lá do alto, da Vó Maria e do Vô Gabriel, de quem você é o penúltimo neto mais novo, e da Vó Teresa e do Vô Cássio, de quem você é o primeiro neto a se casar. Haja orgulho e sorrisos.

Da minha parte, para você, que sempre enfrentou gigantes e moinhos e conquistou o mundo para que eu fosse feliz, desejo tudo de melhor, sempre, porque eu te amo apertadinho.

Kim
14/01/2006

...eu li isso para ele.

11 de jan. de 2006

Minha TV? "Ela é um satélite...

Hoje saí do trabalho, deixei minha carona no lugar de encontro com seu affair (sorrindo de inveja) e fui sozinho para casa, ficar sozinho, de pantufas, assistindo sozinho Big Brother Brasil BSeis.

Oh vida triste e solitária! Alguém adota esta alma? “Antes que um aventureiro lance mão...”.

Passada a solidão, já muito bem acompanhado de uma bacia olímpica de pães de queijo, gorduras, calorias, bifídios, protídios, cálcio, ferro, fósforo e vitamina A (Danoninho vale por um bifinho), apoderei-me do maior bem do humano moderno, o controle remoto, e lá fomos nós, após mais uma mal-criação de Bia Falcão.

Tudo que tenho a dizer é: a psicóloga disse que tem um olhar diferente. Por certo que sim, já que ela é vesga.
Outra aparece dirigindo e falando no celular. Muitos pontos na carteira e multa em rede nacional.
A motoguél fora-da-lei aprendeu e dirigir com 14 anos (mas ela já é minha favorita).
BBB tripudia bom senso e Código de Trânsito.

Nessa parte a TV avisou que ia começar o Marilia Gabriela Entrevista. Maravilhas Modernas! Agendar programas via controle remoto! É por isso que acredito que o homem chegou até a Lua. Para instalar uma antena.

A entrevistada era Danuza Leão (suplente da Hebe no meu coração). Fina, chic(ééééérrrima, por Glorinha Kalil), está muito bem para a idade, mas tem uma voz salafrária de donO de botequim. Ela é incrível.

Por fim: “Enquanto sonhávamos, não parávamos de viver. Tão diferente do semi-autismo da nossa atitude diante da tela da televisão” (Anna Veronica Mautner)

Porque Lucasof é uma mão no controle e a outra virando a página!

...e só quer me amar".

4 de jan. de 2006

Tomara que chova...

E o ano do Senhor de 2006, muito tempo após a Odisséia no Espaço, começa com Lucasof tomando um chazinho com o amigo Noé em sua ampla e aconchegante arca, cercado por um casal de cada espécie de animal.

O suvaco está um pouco mofado, o cabelo meio carepento, mas no geral tudo vai bem!

O sertão vai virar mar, o mar vai virar sertão, já dizia meu bom pai Antônio Conselheiro.
Minha mãe está preocupada porque alguém lhe disse que as trombetas do Apocalipse soariam quando as estações do ano se invertessem.

Acho bom todo mundo pegar um casaquinho e preparar a redenção, então.

Logo mais to de volta para a Terra da Garoa.
Haja ironia neste mundo.

Abraço, bom esse ano para todos. Muito VR, muita saúde, muito jabá, e tudo mais de bom.

...três dias sem parar!