23 de out. de 2006

Être et avoir

Eu me apaixonei no primeiro abraço nas catracas do metrô porque você faz parecer que nem tudo é vaidade, que o mundo é infinito e sempre novo.

Você não sabe e nem liga para a marca do meu carro, a cor do meu cartão do banco ou o nome próprio das minhas roupas, mas sabe acolher em um abraço e a hora de fazer cafuné como ninguém.

Esconde o âmago atrás de um fino par de olhos verdes, que quando transbordam em feixes de sinceridade ora inocente, ora cruel e sempre viciante, arrepiam a alma alheia.

Seus dogmas sendo quebrados ali, no chão de madeira da sala, entre cartas de jogo, copos, almofadas e facadas de sentimentos provam que você é falível, ser ainda mais vivo e adorável.

Tem um cordão umbilical amarrado ao umbigo de sua mãe que sustenta o mundo, que se estende, estica, puxa, viaja, torce e nunca se rompe.

Ouve como ninguém a minha verborragia e parece entender e não julgar como poucos.

Está em minha agenda do celular, orkut e outros meios, nas lembranças de fins de semana e feriados, mas não está em minha planilha de atualizações dos canais e nos planos para amanhã.

A vida é irônica com nomes e rumos, ainda assim é você que colore alguns pensamentos e mantém meu pulso de tempos em tempos, provando a grandeza e "insustentável leveza do ser" (não podia passar sem citações e referências!).

Tudo porque um raio cósmico azul/magenta me partiu ao meio e eu encontrei seu bilhete no mural.

4 comentários:

Tatiane Kobayashi disse...

Qundo o fim deixará de ser saudades?

Bjs

Anônimo disse...

=*******
=********
=*********

e mto cafunés =*

Unknown disse...

lindo.
tão lindo que me dá raiva porque ele se encaixa em uma fase aqui que não deveria.
parabéns. lucasof me surpreende sempre.

Fe Fontes disse...

bah!
sem mais