21 de abr. de 2007

Resposta das cartas sobre a adolescência

Do Toques de Alma, da Adilia:

“O Lucas me manda um "Toques de Alma Teen" com dois artigos e uma tentativa de conciliação. Vinda de alguém mal-saído dessa "fase", faz a gente pensar e parece até provocação. Além de lanche, punições, discursos empoeirados e quadro-negro, quem sabe não estaria na hora de ressuscitar a poesia? Resolver, não sei se resolvia, mas chegamos num ponto onde nem sabemos direito quais são as perguntas certas, melhor mesmo deixar os poetas falarem por nós...”

Para mais, aqui.

16 de abr. de 2007

Second Life

Enquanto isso, na internet:

"...sempre eu sou o idiota dualista q não sabe viver direito no mundo da fantasia e desfaz os sonhos da semana."

E no rádio do Cibié:
"...living is easy with eyes closed..."

11 de abr. de 2007

Cartas sobre a adolescência

Sempre achei difícil - antes, durante ou agora, sofrivelmente depois dela - sintetizar a adolescência. Resumir em palavras os entraves com identidade, com caminhos, vontades, novidades e mudanças (ah, as mudanças...). As mais rebuscadas não serviam, porque deixavam tudo ainda mais complicado. E as simples não davam conta de tanta enormidade emaranhada de vida batendo taquicárdica.

Foi tropeçando nesse tempo, sempre marrento, teimoso e malcriado, que encontrei um pedaço de Neruda via Gustavo Ioschpe e Octavio Paz via meu irmão. Mudanças, identidade, rostos que não se reconhecem, estrangeiro em sua própria morada. Um tempo de suspensão numa existência que segue, em poucos e intensos anos, ondeando.

Os textos podem não iluminar ou tornar clarividente, mas é sempre reconfortante saber que, por mais que neguemos, algum adulto nos entende.

Depois, passado, “cambiamos y nunca más supimos quiénes éramos”.
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Adilia em férias, Lemp em férias. Novos canais, briefing, Sampaist, SPFW, editar canais, reunião, Sampaist, briefing, contratos, telefone, contas, SPFW, notas, novos canais.
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"(...) Es tarde, tarde. Y sigo. Sigo con un ejemplo
tras otro, sin saber cuál es la moraleja,
porque de tantas vidas que tuve estoy ausentey soy,
a la vez soy aquel hombre que fui."

Tal vez es éste el fin, la verdad misteriosa.

La vida, la continua sucesión de un vacío
que de día y de sombra llenaban esta copa
y el fulgor fue enterrado como un antiguo príncipe
en su propia mortaja de mineral enfermo,
hasta que tan tardíos ya somos, que no somos:
ser y no ser resultan ser la vida.

De lo que fui no tengo sino estas marcas crueles,
porque aquellos dolores confirman mi existencia."

No hay pura luz, de Pablo Neruda

10 de abr. de 2007

O próximo livro que vou comprar é...

"Como os Pingüins me Ajudaram a Entender Deus – Pensamentos pós-modernos sobre espiritualidade", de Donald Miller.

9 de abr. de 2007