O meu foco, nos últimos anos – os de convivência mais intensa – tem sido fazer o meu pai sair um pouco da austeridade social que ele tem (educação formal no Colégio São Bento e família rígida não são fáceis!) e aprender a “curtir a vida adoidado”. Conto, claro, com a essencial ajuda de meu irmão e de minha cunhada.
Tudo bem que vez ou outra ele precisa de um puxão de orelha também, porque exagera em algumas coisas (falta da adolescência), mas é o melhor divã para meus desabafos amorosos, profissionais e para pit stops de muita comida e gordura trans, nos mais diversos lugares.
Foi na parte culinária, aliás, que conseguimos dar nosso primeiro passo rumo à intimidade, depois de um período separados. Era na cozinha de sua casa que o tempo era só nosso e todas as vontades do estômago podiam ser atendidas, sem medo ou receio de qualquer coisa, incluindo um infarto.
Hoje as ressalvas são poucas e os momentos são muitos, mas ainda é no aconchego das panelas e das camisetas sujas de molho, ao entardecer com som de risadas e histórias da semana, que tenho certeza do amor que sinto por ele.
Aos que são e serão, ao meu e aos meus muito saudosos avôs, feliz Dia dos Pais!
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Clique aqui para resultado do almoço falado no post anterior.
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