30 de out. de 2005

Escarafunchando

...Salpicar inconseqüência nesta ária de meus dias. Um pouco, é claro. Sem perder o limite de situações e tampouco adentrar o que julgo demasiado. Manter as rédeas firmes em uma carroça sem rodas. Uma vez com o corpo em queda, ceifar os espinhos e plumas de novas sensações.

"Do que adianta você ter essa alma colada aos ossos, dessa carne errada. Sem o risco a vida não vale a pena. Se você não quiser arriscar, não comece. Isso quer dizer: e se você arriscar e perder namorada, esposa, filhos, emprego, a cabeça e até a alma? Mas é sempre melhor isso, do que olhar para todas essas outras pessoas que nunca acertam, porque nunca se propõem ao risco"
(Goethe / Paul Valéry)

"Ouse, ouse... ouse tudo!! Não tenha necessidade de nada! Não tente adequar sua vida a modelos, nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém. Acredite: a vida lhe dará poucos presentes. Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la! Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso: algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"
(Lou Andreas-Salomé)

De extremo a extremo até o equilíbrio. Será? Explodam o mundo e a modéstia.

"Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas"
(Fernando Pessoa, Poema em Linha Reta)

Eu, quase lá.

Um comentário:

Fe Fontes disse...

Nada de extremos para o equilíbrio!
Eu voto na simplicidade...

beijos