23 de out. de 2005

Desfibrilando

O tempo era cinza e o passo era trôpego. Ainda assim, você estendeu-me a mão e, acalentando-me, traçou no chão de terra seca um caminhar de quatro pés, lado a lado. Das pegadas fazia-se luz e campos verdes, e brotou a vida ao meu redor. Vesti a minha pele e lhe dei a mão. Em momentos todos você estava ali. Da entrevista ao primeiro dia de trabalho, do jantar de comemoração, das frescuras, crises, risos, ao fim.
Mas que ele não seja a retomada de um outrora, mas um novo agora para nós. Quero sempre estar ao seu lado, porque sua grandeza abraça a alma e acolhe. Pensar em você é inundar-me de elogios e ternas lembranças; todos os agradecimentos e as desculpas não bastam.
Pudera um “eu te adoro” bastar, suprir, consertar.
Eu te adoro.
“You got a fast car...”
Sem beijo,
Lucasof

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