Ontem, durante uma conversa, dessas sem muito nexo na pausa para o café e retomada de fôlego, perguntei para uma amiga se ela já teve a sensação de acordar sem voz, muda, e contar até três ou dizer alô para certificar-se do contrário. A resposta ganhou da pergunta: “não, mas já acordei sem saber quem eu era. Eu sabia que era, mas tive que pensar um tempo e refletir, tipo ‘sou, mas quem eu sou? Como sou?’, até voltar”.
Estou assim faz alguns dias, do acordar ao dormir, e ainda não voltei. Talvez também não tenha pensado muito em quem ou como sou. Talvez nunca tenha nem ido e continue como sempre. Seja a vida um palco, seja a pergunta de Shakespeare ou não. Hoje estou num dia para cantar alto "These are the days of our lives". Inferno astral.
O próximo post será o ducentésimo. Que virá?
2 comentários:
uma declaração de amor
Feliz por vc estar postando aqui!
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