8 de abr. de 2014

(Almodo)variando

- Dá pra ler um troço pela sua camiseta.
- Sim, tá na minha pele.
- Tira.
- A camiseta?
- Pode ser a pele, se preferir. Eu cuido dela.

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5 de abr. de 2014

This is our last dance

Aquela foi uma das poucas noite - talvez a única - que nunca consegui decifrar por completo. Suas causas, seus motivos, o saldo. O que sei é que algo mudou. Como nos filmes e nas séries, como na mais fácil das receitas da ficção, aquela foi uma noite fora do comum, com elementos fantásticos, que fez o amanhecer diferente de todos os anteriores e dos subsequentes. Muito havia mudado. Eu, embora as coisas talvez seguissem as mesmas. Dormi no prenúncio, acordei na mensagem, um carro caiu da ponte, cheguei de ônibus à praça ao lado de casa. Peguei meu carro, coloquei as músicas certas e tentei dissipar tudo na estrada. Eu me vi por inteiro, eu vi através de mim, e o ricochete me derrubou.  Não sei quanto fiquei sem dormir, até que peguei no sono em algum tempo. Acordei arrependido por ter sido a causa e a consequência. Acordei.

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"I told him everything and I let my love there, by the river. All that I felt, he kept it. When I got home, I decided I would sleep on the couch. A last sacrifice. I would suffer for him. And I did. And it was awesome. I woke up at 5am and then I went to my bed (…)"

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E eu ainda não sei.

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