19 de fev. de 2010

Próxima à direita

Minha vida está igual a primeira vez que dirigi em São Paulo sozinho. Perdi “aquela” entrada da Marginal e parecia que nunca mais acharia o caminho. Nem precisava ser a volta, apenas um caminho.

No fim, passada a angústia, muitas ruas e muitas placas, achei. Só respirar.

3 de fev. de 2010

A questão

Ontem, durante uma conversa, dessas sem muito nexo na pausa para o café e retomada de fôlego, perguntei para uma amiga se ela já teve a sensação de acordar sem voz, muda, e contar até três ou dizer alô para certificar-se do contrário. A resposta ganhou da pergunta: “não, mas já acordei sem saber quem eu era. Eu sabia que era, mas tive que pensar um tempo e refletir, tipo ‘sou, mas quem eu sou? Como sou?’, até voltar”.

Estou assim faz alguns dias, do acordar ao dormir, e ainda não voltei. Talvez também não tenha pensado muito em quem ou como sou. Talvez nunca tenha nem ido e continue como sempre. Seja a vida um palco, seja a pergunta de Shakespeare ou não. Hoje estou num dia para cantar alto "These are the days of our lives". Inferno astral.

O próximo post será o ducentésimo. Que virá?